Situação do Sertão do Araripe preocupa parlamentares

Em 30/04/2020 - 17:04
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LEITOS – Antonio Fernando voltou a solicitar ao Governo do Estado reforço na estrutura de atendimento às vítimas da Covid-19. Foto: Reprodução/Nando Chiappetta

A situação de saúde e da economia do Sertão do Araripe motivou discursos de parlamentares da região na Reunião Plenária desta quinta (30). O deputado Antonio Fernando (PSC) voltou a solicitar ao Governo do Estado reforço na estrutura de atendimento às vítimas da Covid-19, reafirmando a necessidade de mais leitos para pacientes graves. Já a deputada Roberta Arraes (PP) expôs preocupação com o impacto econômico da pandemia sobre as atividades do Polo Gesseiro. 

“Não vou parar de cobrar. A população precisa de ajuda. O Poder Executivo precisa olhar para a nossa região”, salientou Fernando. Ele destacou que Pernambuco já é o terceiro Estado com maior número de casos e, se a situação preocupa na Região Metropolitana, o problema é pior no Interior. Segundo o parlamentar, o Hospital Regional Fernando Bezerra, em Ouricuri, encontra-se com alta lotação e só possui um leito de UTI e um respirador.

“A prefeitura pretende criar um hospital de campanha, e existe uma Unidade Pernambucana de Atenção Especializada (Upae) desativada, que poderia servir para abrigá-lo”, frisou. Fernando ainda alertou para o fato de que, com a troca de gestão da organização social de saúde (OSS) responsável pelo hospital, médicos foram demitidos e falta pessoal, o que afeta ainda mais a estrutura de saúde do município. 

ECONOMIA – Roberta Arraes expôs preocupação com o impacto econômico da pandemia sobre as atividades do Polo Gesseiro. Foto: Giovanni Costa

Já Roberta Arraes demandou a suspensão, por 150 dias, de ações de cobranças administrativas, tributárias e jurídicas, reforçando o pedido feito por meio de indicação, para que não sejam cobrados valores fixos nas contas de energia dos empreendimentos gesseiros. A socialista enfatizou que o polo conta com cerca de 600 empresas e é responsável pela produção de 95% do gesso utilizado por consumidores brasileiros, gerando 12 mil empregos diretos e 48 mil indiretos.

De acordo com a parlamentar, houve uma queda de 80% na comercialização de gipsita, gesso e derivados. “O mercado da construção civil foi diretamente atingido, deixando os empresários do gesso impossibilitados de cumprir com obrigações trabalhistas e fiscais e, em alguns casos, até de pagar os salários”, apontou.