
PAUTA – Categoria pede fim da divisão entre faixas salariais e melhorias na estrutura do sistema de saúde. Foto: Roberto Soares
A passeata realizada, nessa quarta (11), por policiais e bombeiros militares pedindo mudanças na carreira da categoria foi analisada pelo deputado Joel da Harpa (PP), na Reunião Plenária desta quinta (12). Entre as demandas, ele citou o fim da divisão entre faixas salariais de cada patente, criada a partir da reorganização da carreira dos policiais militares em 2017.
“Elas quebram a paridade dentro da categoria”, declarou o parlamentar. Joel também pediu que as promoções sejam aceleradas dentro da corporação: “Foi algo positivo trazido pelo Governo, pois antes tínhamos soldados com 25 anos de polícia sem ascender. Mas podemos diminuir de 10 para 5 anos o tempo de ascensão na carreira”, avaliou. “Hoje, por exemplo, temos 300 delegados, mas apenas 40 coronéis. Há mais espaço para promoções”, argumentou. Além disso, os servidores cobram melhorias na estrutura do sistema de saúde militar do Estado.
Joel da Harpa registrou que a Secretaria da Casa Civil recebeu a pauta da manifestação. “Há uma sinalização de que seja aberta uma rodada de diálogo com a Secretaria de Administração. Mas, infelizmente, desde 2017, o Governo não negocia mais com associações de militares, apenas com o Comando da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar”, relatou o deputado.
“Com todo o respeito que temos aos comandantes, mas são cargos de indicação do governador. Se o Governo disser que não pode atender às demandas, faltará representatividade para eles no diálogo”, prosseguiu. O deputado comparou essa situação à dos policiais civis que, ao contrário dos militares, podem se sindicalizar e já marcaram paralisação para esta sexta (13). “Enquanto isso, nós sequer temos a possibilidade de sentar num fórum de negociações.”
Por outro lado, o deputado João Paulo (PCdoB) sugeriu mais reflexão e análise por parte dos grupos sindicais neste momento, por conta das possíveis consequências econômicas da pandemia de Covid-19, provocada pelo coronavírus. “A decisão dos EUA de barrar voos da Europa terá um impacto enorme na economia mundial. As perspectivas de qualquer governo para atender a esse tipo de demanda são muito difíceis”, crê.