
NOTÍCIA – Segundo comunista, assunto tem relação com a saída dos médicos cubanos do País. Foto: Roberto Soares
O deputado João Paulo (PCdoB) repercutiu, na Reunião Plenária desta terça (3), reportagem da BBC Brasil que revelou aumento de 12% na mortalidade de bebês indígenas em 2019. A alta ocorreu após a saída dos médicos cubanos que atuavam no Programa Mais Médicos. “O caso tem forte apelo internacional e reforça a figura do presidente Jair Bolsonaro como perigoso e nocivo para os índios”, afirmou.
Na avaliação do parlamentar, Bolsonaro trata a questão indígena com hostilidade permanente e adota a visão dos colonizadores do Brasil. Segundo ele, o presidente não reconhece nos povos originários uma cultura própria e o direito às terras e à autodeterminação. “Crimes ambientais, ecológicos e éticos estão sendo cometidos com a liberação de áreas indígenas para exploração de madeira e minérios”, prosseguiu.
João Paulo lembrou que o convênio entre Brasil e Cuba no Programa Mais Médicos foi rompido pelo país caribenho depois que Bolsonaro ameaçou, na campanha eleitoral de 2018, expulsar os cubanos. Também destacou que estes respondiam por 55,4% dos médicos em saúde indígena. Em janeiro de 2019, conforme a reportagem, houve 77 mortes de bebês indígenas — o índice mais alto para um único mês desde 2010.
O deputado comunista avaliou que os profissionais cubanos foram assíduos e demonstraram capacidade de criar laços com as comunidades onde atuavam.