Greve dos petroleiros recebe solidariedade de João Paulo

Em 11/02/2020 - 17:02
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CAUSA – Segundo o deputado, movimento se opõe a entrega de empresas nacionais, perda de soberania e desemprego. Foto: Roberto Soares

O deputado João Paulo (PCdoB) expressou, nesta terça (11), solidariedade com a greve dos petroleiros. Segundo ele, o movimento se opõe à entrega de empresas nacionais, à perda da soberania e ao desemprego. “O Brasil regride ao caminhar para tornar-se mero exportador de matéria-prima, quase a volta à Colônia, enquanto procura se livrar de seus trabalhadores especializados, de sua tecnologia e de seu futuro como nação soberana”, afirmou.

A paralisação foi causada pela demissão de mil trabalhadores das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR) e busca, ainda, o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho. Segundo o comunista, porém, a bandeira mais importante é a luta contra o desmonte da estatal. “As privatizações não são mais uma pauta do capitalismo desenvolvido. Ninguém vê Estados Unidos, França ou Alemanha se desfazendo de suas estatais”, comparou.

De acordo com o deputado, que citou dados da Federação Unificada dos Petroleiros (FUP), 39 plataformas, 18 terminais, 11 refinarias, 20 unidades operacionais e três bases administrativas estão em greve. Ele relatou ter visitado o acampamento organizado pelos petroleiros na Refinaria Abreu e Lima, no Complexo de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, assim como fizeram a deputada Teresa Leitão (PT) e o mandato coletivo Juntas (PSOL).

João Paulo criticou a reação da Petrobras, que teria proibido a entrada de alimentos e cortado o fornecimento de água e energia em locais ocupados, além de ter providenciado a contratação de “fura-greves” para substituir os grevistas. Ele leu, também, trechos da carta dos petroleiros: “Estamos em greve para que a riqueza produzida com nosso suor seja voltada para a educação, saúde e geração de empregos para o povo brasileiro”, diz o documento.