
DEMOCRACIA – “Estudantes sempre estiveram na luta nos momentos mais importantes da história”, lembrou a petista. Foto: Roberto Soares
Aproveitando como mote o Dia Nacional do Estudante (11 de agosto), a deputada Teresa Leitão (PT) destacou, em pronunciamento na Reunião Plenária desta segunda (12), o ato nacional contra os cortes na educação, convocado para a terça (13). O assunto também foi tema de discurso feito pelo deputado João Paulo (PCdoB), que registrou, ainda, o início no mesmo dia, em Brasília (DF), da sexta edição da Marcha das Margaridas.
De acordo com a petista, além dos contingenciamentos – que motivaram protestos em abril e maio – os jovens sairão às ruas em defesa da democracia. “Os estudantes sempre estiveram na luta nos momentos mais importantes da história do Brasil e amanhã será assim novamente”, expressou.
A parlamentar apontou que, para facilitar o pagamento de emendas parlamentares, em meio à negociação para aprovação da Reforma da Previdência, o Governo Federal retirou quase R$ 1 bilhão do Ministério da Educação. E observou que, dessa verba, cerca de R$ 350 milhões seriam aplicados na produção, aquisição, distribuição de livros e de materiais didáticos e pedagógicos da Educação Básica.
Assim como Teresa Leitão, João Paulo convidou para o ato a ser realizado na Rua da Aurora, Centro do Recife. O comunista afirmou que o Governo Federal age de forma autoritária, retira direitos e provoca o desmonte da soberania nacional, “em nome de uma política ultraliberal, mesclada com preconceitos de várias tendências”. Segundo ele, a manifestação vai mostrar que “a maioria dos brasileiros não concorda com o avanço da barbárie sobre a civilização”.

POSIÇÃO – “Manifestação vai mostrar que maioria dos brasileiros não concorda com o avanço da barbárie sobre a civilização”, acredita o comunista. Foto: Roberto Soares
“Os ataques afetam todos e todas que prezam a liberdade, o cuidado com o meio ambiente, o conhecimento científico, o estado laico, a justiça e a vida e o futuro de trabalhadores, mulheres, estudantes, população LGBT e índios”, pontuou.
Em aparte, José Queiroz (PDT) também manifestou apoio aos estudantes: “É preciso mostrar energia e força nesta hora difícil que o Brasil atravessa; reagir em praça pública e sensibilizar setores que não estão nesta luta”, afirmou.
João Paulo comentou, ainda, a expectativa de que 100 mil mulheres participem da Marcha das Margaridas, organizada por trabalhadoras rurais a cada quatro anos. “Além de protestar contra o assassinato [da sindicalista Margarida Maria Alves], elas estarão em defesa das florestas, da demarcação das terras indígenas, da agricultura familiar, de reforma agrária, da agroecologia e da democracia”, disse.
“A marcha deste ano se reveste de uma importância muito grande por conta dessa conjuntura”, aparteou Teresa Leitão. “As mulheres também estarão lutando pelo direito ao ensino de qualidade”, emendou Dulcicleide Amorim (PT). Já o deputado Isaltino Nascimento (PSB), em pronunciamento, fez críticas ao programa Future-se, apresentado pelo Ministério da Educação. “O objetivo é acabar com a autonomia da universidade pública”, avaliou.