
RECONHECIMENTO – Parlamentar fez resumo da biografia de Luiz Gonzaga, morto em 2 de agosto de 1989. Foto: Roberto Soares
Os 30 anos da morte de Luiz Gonzaga, ocorrida no dia 2 de agosto, foram novamente lembrados na Assembleia Legislativa. Na Reunião Plenária desta segunda (5), o deputado Alberto Feitosa (SD) usou o Grande Expediente para render homenagens ao Rei do Baião. O parlamentar destacou que o principal representante da cultura pernambucana merece todo o reconhecimento e, na tribuna, fez um resumo da biografia do artista.
Feitosa falou das origens do músico, em Exu (Sertão do Araripe), do período no Exército e do início da carreira, em 1939, no Rio de Janeiro. Segundo o deputado, Gonzaga cantava todo tipo de ritmo, quando, em 1940, um grupo de estudantes o aconselhou a tocar as músicas dos sanfoneiros nordestinos. “Durante cinco anos, ele gravou cerca de 70 canções, fez carreira no rádio e começou a divulgar as músicas da nossa região”, pontuou. Em 1945, o artista gravaria o primeiro disco e, depois de conhecer o compositor Humberto Teixeira, lançaria os sucessos Baião, Asa Branca e Assum Preto, entre outros.
O parlamentar registrou que a trajetória do Rei do Baião foi sempre ascendente e, mesmo após sua morte, ele tem sido reverenciado, como se viu nas celebrações ao artista pela ocasião do aniversário de falecimento. Feitosa mencionou as atividades promovidas pelo Museu Cais do Sertão, no Recife, pela Prefeitura de Caruaru e por outros municípios pernambucanos. “As homenagens foram relevantes, mas todas foram pequenas diante do que representa Luiz Gonzaga para a nossa cultura. Que seu nome esteja para sempre na memória de todos.”
Em aparte, vários deputados salientaram o valor do Rei do Baião. Antônio Moraes (PP) parabenizou o Parque Asa Branca, em Exu, que, com muita dificuldade, vem mantendo o legado de Gonzaga, e a Rede Globo, por reportagem sobre o artista no programa Fantástico. “Espero que o reconhecimento se mantenha”, frisou. Antonio Fernando (PSC) afirmou que o legado dele precisa ser valorizado e pontuou que o parque, criado pelo músico, está sem recursos. “Precisamos ajudar, porque é uma atração cultural importante no Estado.”

APARTE – José Queiroz comentou que vínculo de Gonzaga com Caruaru veio de ligação ao compositor Onildo Almeida. Foto: Roberto Soares
José Queiroz (PDT) comentou que o vínculo de Gonzaga com Caruaru veio da ligação dele com o compositor Onildo Almeida. “Em parceria, foi gravada uma música pelo centenário de Caruaru e, depois, A Feira de Caruaru”, lembrou. Por sua vez, Tony Gel (MDB) repercutiu um fato pitoresco da vida do artista. “Uma vez, ele cismou de encerrar a carreira e encomendou uma música de despedida a Onildo Almeida. A canção se tornou mais um grande sucesso”, observou.
Para Henrique Queiroz Filho (PR), as músicas gravadas pelo Rei do Baião retratam o ritmo e a realidade do Nordeste. “O amor à terra natal era notório”, salientou. Roberta Arraes (PP) afirmou “que falar de Gonzaga é falar de emoção, de saudade e de um homem que fez história por meio de canções que transmitiam o dia a dia do pernambucano”. Já Romário Dias (PSD) revelou que, quando foi secretário do governador Marco Maciel, convidou o artista para o lançamento do Projeto Asa Branca, de apoio ao homem do campo: “Foi muito marcante”, destacou.