Juntas repudiam prisão de líderes de movimentos sociais em São Paulo

Em 26/06/2019 - 18:06
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OPINIÃO - Jô Cavalcanti disse estar havendo “a criminalização da luta social” e que “atual momento é obscuro para defensores dos direitos humanos”. Foto: Roberto Soares

OPINIÃO – Jô Cavalcanti disse estar havendo “a criminalização da luta social” e que “atual momento é obscuro para defensores dos direitos humanos”. Foto: Roberto Soares

A expedição de nove mandados de prisão contra lideranças de movimentos sem-teto, em São Paulo (SP), por suspeitas de extorsão, foi condenada pela deputada Jô Cavalcanti, representante do mandato coletivo Juntas (PSOL), nesta quarta (26). Na última segunda (24), quatro pessoas foram detidas pela Polícia Civil. A parlamentar disse estar havendo “a criminalização da luta social” e que “o atual momento é obscuro para defensores e defensoras dos direitos humanos”.

Segundo a psolista, que exigiu a liberação do grupo, ainda não ficou claro o processo de acusação. Jô Cavalcanti salientou que, dentre as pessoas que foram presas, está Janice Ferreira Silva, mais conhecida como Preta Ferreira, que integra o Movimento Sem Teto do Centro. “Ela é atriz e também atua como apresentadora do Boletim Lula Livre (publicado nas redes sociais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva)”, destacou.

Para a codeputada, “o Estado Democrático de Direito está sob ameaça, a partir do momento em que entidades e representantes de movimentos sociais estão sendo assassinadas e presas”. “Sou do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e reforço que a luta pela moradia é legítima. Quem ocupa não tem culpa”, complementou a deputada.