
ANÁLISE – Parlamentar ainda condenou a influência de Olavo de Carvalho no Governo e relembrou tratamento dado aos militares nas gestões petistas. Foto: Roberto Soares
A redução de 44% no orçamento das Forças Armadas – anunciada na terça (7) pelo presidente Jair Bolsonaro – foi alvo de críticas do deputado João Paulo (PCdoB). Na Reunião Plenária desta quinta (9), o parlamentar condenou a medida e a influência de Olavo de Carvalho no Governo Federal, além de relembrar o tratamento dado aos militares durante as gestões petistas.
De acordo com ele, o corte no Ministério da Defesa não era esperado pelos oficiais, que fazem parte do Governo e compartilham com ele preceitos ideológicos em relação aos partidos de esquerda. “Agora, foram atingidos pela campanha hostil e delirante do autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho”, acredita. “O desprezo pelo setor e a permissão do porte de armas a políticos, advogados, jornalistas e caminhoneiros parecem estimular a criação de forças militarizadas paralelas.”
João Paulo observou que a redução nos recursos do Ministério da Defesa será de R$ 5,8 milhões. “Apesar de significativa, ainda é menor, em valores absolutos, que o bloqueio no Ministério da Educação, da ordem de R$ 7 bilhões”, comentou.
Ele ainda pontuou que, nos governos de Lula e Dilma, o orçamento da defesa quase triplicou e os salários dos militares aumentaram. Também ressaltou projetos como a aquisição de caças, a construção de submarinos e a compra de máquinas e equipamentos para o Exército, a Marinha e a Aeronáutica. “Ninguém se dirigia ao militar em termos ofensivos e jamais se usou as redes sociais para falar mal dessas forças e de seus homens, como fazem atualmente”, registrou João Paulo.