Programa Em Discussão: momento político é tema de entrevista com 3ª secretária

Em 19/03/2019 - 13:03
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Deputada estadual desde 2002, Teresa Leitão (PT) fala ao Programa Em Discussão desta semana sobre a presença das mulheres nos espaços de poder. À frente da Terceira Secretaria da Alepe, ela comenta, ainda, o papel da Mesa Diretora da Casa, além de fazer uma análise sobre o trabalho dos parlamentares e o momento político atual do Brasil.

“Foi a primeira vez que eu concorri à Mesa, apesar de estar no meu quinto mandato. É uma renovação depois de um período longo de uma mesma gestão, um desafio”, avaliou a petista. Segundo ela, a demanda central é “aproximar a Assembleia ainda mais do povo”. “É necessário que as pessoas se sintam representadas pelos parlamentares que elegeram, mas também por um poder que é democratizante, que faz as leis e debate as grandes pautas da sociedade. E a comunicação é o principal instrumento para dar conta disso”, acredita.

O aumento da participação feminina na Alepe também foi comentado pela terceira-secretária: “É fruto de consciência partidária e da própria sociedade”, avalia. “A lei que fixa 30% da participação das mulheres nas coligações está sendo questionada agora. Alega-se que elas iriam compor para serem laranjas. Mas não é tirando o recurso, que também foi proporcional (em tese), e combatendo a lei como se só as mulheres fossem laranjas que se vai corrigir isso”, argumenta.

“A participação de mulheres nos movimentos sociais e como chefes de família é muito significativa. Elas são maioria na população do Brasil e de Pernambuco, então são elas que definem as eleições. Como a gente chegou muito depois dos homens na política, que é o espaço público por excelência (a nós, sempre foi destinado o espaço doméstico, privado), é preciso enfrentar ainda muitos obstáculos. E o melhor é que isso seja feito de forma coletiva e consciente”, observa Teresa.

Ao analisar o momento político nacional, ela fez críticas ao Governo Bolsonaro. “O presidente da república parece que ainda não se deu conta da sua responsabilidade. Fica utilizando as mesmas táticas da campanha: se comunicando por Twitter e tirando brincadeiras com coisas sérias. É uma coisa inédita na história do Brasil: se eleger sem propostas, sem projeto de governo e sem debate”, disse.

A deputada ainda comentou a criação do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável Nordeste, o qual Pernambuco integra. “O governador Paulo Câmara escolheu um bom caminho político ao participar dele”, observa. “O Nordeste é uma região sabidamente mais pobre, que enfrenta dificuldades fiscais e econômicas. A tendência é que esse grupo de governadores nordestinos possa se fortalecer nesse consórcio, evitar uma guerra fiscal entre os Estados, fazer trocas em relação a experiências políticas e, sobretudo, se contrapor à Reforma da Previdência.”

Assista a entrevista na íntegra: