A engenheira civil e professora Suzana Montenegro foi sabatinada pela Comissão de Justiça, nessa quarta, para o cargo de diretora presidente da Agência Pernambucana de Águas e Clima, Apac. Os deputados aprovaram, por unanimidade, o projeto de resolução, de autoria do presidente da Alepe, Eriberto Medeiros, do PP, que indica a profissional para o posto.
Suzana já atuou na Apac entre 2010 e 2012 e retorna à instituição a convite do governador Paulo Câmara. Ela destacou os desafios que deve enfrentar à frente do órgão. “Definir as prioridades, buscar os recursos que nós não temos ainda que são necessários, os que já estão disponíveis usar muito bem nas questões prioritárias. A missão de gestão é uma missão transversal. E se a gente tiver parceria, a gente vai ter um grande índice de sucesso, de êxito.”
Suzana ainda ressaltou instrumentos da gestão de recursos hídricos utilizados pela Agência, como o Plano Estadual de Recursos Hídricos, os planos de bacias e o monitoramento hidrometeorológico. E lembrou a importância dos parceiros da Apac, como a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, para estimular a educação ambiental e solucionar questões complexas, entre elas a poluição dos rios.
Além disso, a gestora foi questionada pelos parlamentares sobre diversos tema: a dificuldade de pequenos agricultores em conseguir outorga de água, a fiscalização da segurança das barragens de Pernambuco, a perfuração irregular de poços artesianos, a contaminação de águas subterrâneas e a escassez de açudes no Estado.
Presidente da Comissão de Justiça, o deputado Waldemar Borges, do PSB, fez uma avaliação positiva da sabatina. “Acho que a dra. Suzana demonstrou conhecimento profundo da área, não só do ponto de vista acadêmico, mas da prática mesmo. Acho que os deputados também levantaram questões muito pertinentes, importantes. Enfim, entendo como, de fato, a Comissão, por unanimidade entendeu, que o governador fez uma excelente indicação ao sugerir o nome da dra. Suzana para dirigir a Apac”.
Além da sabatina, houve debate na Comissão sobre a forma como são distribuídos os projetos de lei para apreciação dos parlamentares. Priscila Krause, do Democratas, sugeriu a realização de sorteio das relatorias, conforme determina o Regimento Interno da Alepe. Alberto Feitosa, do Solidariedade, também concordou com a medida. O deputado João Paulo, do PCdoB, defendeu o sorteio apenas em casos específicos. Waldemar Borges, do PSB, pediu que na reunião dessa quarta a distribuição acontecesse como de praxe, mas disse que nos próximos encontros poderá haver sorteio.