Deputados voltam a repercutir incêndio que destruiu Museu Nacional

Em 04/09/2018 - 17:09
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O incêndio que, no último fim de semana, arruinou o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, voltou a merecer comentários durante a Reunião Plenária desta terça (4). A deputada Laura Gomes (PSB) foi à tribuna para lamentar a “perda irreparável” em decorrência do episódio. Já Edilson Silva (PSOL) pediu que os responsáveis sejam apontados.

LAURA - Além de itens e pesquisas, tragédia destruiu um prédio histórico “de valor incomparável”. Foto: Jarbas Araújo

LAURA – Além de itens e pesquisas, tragédia destruiu um prédio histórico “de valor incomparável”. Foto: Jarbas Araújo

Laura Gomes lembrou que, além dos itens expostos e das pesquisas conduzidas na instituição, a tragédia destruiu um prédio histórico “de valor incomparável” – o Palácio Imperial brasileiro, residência de Dom Pedro II e filhos, onde foi assinada a Independência do Brasil e aconteceu a primeira Constituinte da República, no século 19. “Nossa tristeza precisa ser transformada em indignação e em luta, em defesa do nosso patrimônio”, afirmou a parlamentar. Ela ainda aproveitou o tempo para comunicar que irá apresentar um Voto de Aplausos à Rádio Folha FM e ao radialista Domingos Sávio pelo programa “Resgatando a Cidadania”.

Edilson Silva cobrou que se os responsáveis pelo incêndio no museu sejam identificados. “Precisamos corrigir os rumos das políticas que não vêm dando certo. O fim de uma instituição que guardava a história do País é lamentável”, pontuou. “Causa revolta que isso tenha acontecido por falta de recursos quando, ao mesmo tempo, desperdiçamos tanto com corrupção e obras desnecessárias.”

EDILSON - “O fim de uma instituição que guardava a história do País é lamentável”. Foto: Jarbas Araújo

EDILSON – “O fim de uma instituição que guardava a história do País é lamentável”. Foto: Jarbas Araújo

Terceirizados – Durante o pronunciamento, o psolista ainda comentou o resultado de uma licitação na Alepe para contratar prestadora de serviços de limpeza e conservação. Encerrado em julho, o procedimento teve como vencedora a empresa Adserv Empreendimentos e Serviços de Mão de Obra. Silva expressou preocupação com a situação dos funcionários da atual prestadora, a Top Service Serviços e Sistemas Ltda. “Peço que a transição seja tranquila para os trabalhadores, porque há pessoas que estão na Casa há 28 anos. Precisamos salvaguardar todos os direitos e a manutenção dos seus empregos”, observou.

O primeiro-secretário da Alepe, deputado Diogo Moraes (PSB), garantiu que nenhum terceirizado será prejudicado. “Mais de 80 empresas participaram da licitação. Pedimos que houvesse todas as garantias aos direitos de todos os funcionários. Nós não cometeríamos qualquer atrocidade com quem passou a vida toda trabalhando aqui”, afirmou.

 

*Foto em destaque na home: Tânia Rego/Agência Brasil