
POSICIONAMENTO – Autor da proposta, Silva voltou a defender discussão do tema em colegiado específico e criticou parlamentares que são contra a ideia. Foto: Roberto Soares
A criação de uma Frente Parlamentar em Defesa da Mobilidade Metropolitana na Alepe teve, mais uma vez, a votação adiada por falta de quórum, durante a Reunião Plenária desta segunda (27). O Requerimento nº 5184/2018 deverá permanecer na Ordem do Dia das próximas reuniões até que haja número mínimo de parlamentares para que seja votado.
Como já existem mais de quatro frentes parlamentares em funcionamento na Casa, a criação de um novo colegiado do tipo precisa ser aprovada pela maioria absoluta dos deputados (25 votos), conforme o artigo 278-A do Regimento Interno.
O deputado Edilson Silva (PSOL), autor da proposta, voltou a defender a discussão do tema em uma frente específica e criticou os parlamentares que se manifestaram contra a ideia. “É um absurdo que, na Casa do Povo, a gente não possa debater um sistema que transporta centenas de milhares de pessoas em condições precárias, insalubres e inseguras”, argumentou.
O psolista prometeu divulgar, pessoalmente, cada legislador que votar contra a proposta. “Vou apontar para cada mulher que é assediada sexualmente no transporte público, para cada pessoa que é assaltada ou que se locomove em ônibus lotados, que a culpa dessa situação é dos deputados que não quiseram apoiar a criação do colegiado”, anunciou.
Segundo Silva, se criada, a Frente terá três focos iniciais: questionar a falta de repasse de valores devidos pelo Sistema Estrutural Integrado (SEI) de transporte metropolitano para o Metrô do Recife, exigir a implantação do sistema de monitoramento em tempo real dos ônibus e cobrar as licitações para os lotes do sistema de ônibus que ainda não foram realizadas. “Dos seis lotes previstos, foram licitados apenas dois, relativos aos BRTs”, lembrou.