Colegiado debate crise da construção civil

Em 13/08/2018
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A redução do número de trabalhadores e a baixa velocidade da retomada de crescimento da construção civil foram preocupações debatidas durante a audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico que discutiu, nessa segunda, meios de superar a crise do setor. O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Pernambuco, Sinduscon-PE, José Antônio Simón, disse que de 2013 para cá, a quantidade de postos de trabalho caiu de 180 mil para menos de 80 mil. A entidade contratou uma consultoria para  identificar oportunidades de negócio em obras por meio de Parcerias Público-Privadas, as chamadas PPPs. “Acho que é um caminho excepcional, o saneamento começou com isso, por entraves de outra ordem ele teve uma paralisação e um retardamento, mas eu acho que a grande solução para as obras de infraestrutura do Estado e dos municípios é exatamente a formatação de parcerias. Acredito que fazendo os marcos jurídicos a gente tenha sucesso nesse novo formato, minimize os transtornos para a população e para o erário público”.

Presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco, Ademi-PE, Gildo Vilaça defendeu investimento público na moradia popular. Segundo ele, o índice que mede a velocidade de vendas, IVV, revelou que dos 430 imóveis vendidos no Estado no último mês de maio, 190 foram do programa Minha Casa, Minha Vida. O desaquecimento do setor pôde ser notado pela quantidade de unidades postas à venda: 5.900, contra 7.700 em maio de 2017. 

Argentina Picchi, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, lembrou que a construção civil é um setor 100% privado, e, portanto, a retomada depende de investimento particular. Apesar disso, ela acredita que o Poder Público pode contribuir. “Existem algumas ações do Estado, principalmente do Plano Estruturador, que influenciam de modo direto a construção civil. Nós vamos preparar um relatório e também ativar outras secretarias que foram citadas e que precisam participar do diálogo”. 

A conclusão de obras estruturadoras como o Arco Viário Metropolitano, além da implementação do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana do Recife também foram reivindicações dos representantes do setor.