Isaltino Nascimento anuncia discussão sobre política de preços da Petrobras

Em 07/06/2018 - 13:06
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Reunião Plenária

PROPÓSITO – “Nosso objetivo é debater a política do Governo Federal que tem deixado a população em uma situação terrível.” Foto: Sabrina Nóbrega

O deputado Isaltino Nascimento (PSB) anunciou, na Reunião Plenária desta quinta (7), debate sobre a atual política de preços dos combustíveis da Petrobras. O evento, promovido em conjunto com entidades dos movimentos social, sindical e estudantil, será realizado às 17h, no auditório da Alepe, e terá como principal palestrante o ex-presidente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Haroldo Lima.

“Nosso objetivo é discutir a política absurda que o Governo Federal vem desenvolvendo com relação a combustíveis e gás de cozinha e que tem deixado a população em uma situação terrível”, disse Nascimento. Ele citou, como consequência do aumento nos preços, o crescimento do número de acidentes com queimaduras no Estado: “Mais de 90% dos internados foram vítimas do uso alternativo de outro tipo de combustível que não o gás de cozinha”.

O parlamentar também leu o manifesto “Petrobras deve servir o Brasil”, lançado por movimentos sociais e sindicais. “O Governo Temer fragiliza a Petrobras aumentando desnecessariamente a importação de combustíveis e reduzindo a produção das refinarias nacionais, deixando os preços instáveis e dolarizados com o aumento da exportação do óleo cru e a elevação da importação de seus derivados”, diz o documento.

O governista ressaltou, por fim, a aliança de políticos pernambucanos com o Governo Temer, responsabilizando-os, também, pela alta no valor dos combustíveis. “A política preços da Petrobras foi estabelecida pelo então ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. A realidade que está posta é a síntese do atual governo e de parte significativa do grupo que faz oposição atualmente em Pernambuco”, afirmou.

“Nos últimos dois anos, a Petrobras seguiu uma política dolarizada, que conferiu lucro de R$ 7 bi aos acionistas no primeiro trimestre de 2018. Agora é muito cômodo dizer que a culpa da alta dos preços é do ICMS”, observou, em aparte, o deputado Nilton Mota (PSB). “Como vice-líder da Oposição, afirmo que é necessário que o PSB faça uma autocrítica. Se a legenda tivesse se comportado conforme sua história, não teria havido golpe e, talvez, o País estivesse em outra situação”, respondeu Teresa Leitão (PT), também em aparte.