No contexto da Guerra Fria (1945-91), governos comandados por militares na América do Sul – Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai – criaram um sistema secreto para compartilhar dados de inteligência. A articulação, com apoio logístico e financeiro dos Estados Unidos, recebeu o nome de “Operação Condor”. Foram promovidas operações extraterritoriais de sequestro, tortura, execução e desaparecimento forçado de opositores políticos exilados. Posteriormente, Peru e Equador entraram no acordo político-militar.
Esse momento histórico foi resgatado pelo historiador e cineasta pernambucano Cleonildo Cruz, que realizou mais de 40 entrevistas em seis países, ao longo de dois anos e meio, para realizar o documentário Operação Condor, Verdade Inconclusa. “Precisamos lutar pela memória, verdade e justiça. Não podemos aceitar que os agentes do Estado que agiram criminalmente – prendendo, torturando, assassinando e desaparecendo com corpos de pessoas – não sejam responsabilizados”, ressalta Cruz.
Lançado em 2015, no Chile – onde a operação foi instituída –, o filme já foi apresentado no Uruguai e, no Brasil, percorreu Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Para 2018, estão previstas exibições na Argentina, Paraguai, Bolívia e Peru. Assista ao trailer:
