Alepe visita instituições que atuam na recuperação de dependentes químicos

Em 13/07/2017 - 15:07
-A A+
ENCONTRO - Representantes do MPPE e da Secretaria Estadual de Saúde também fizeram parte da comitiva. Foto: João Bita

ENCONTRO – Representantes do MPPE e da Secretaria Estadual de Saúde também fizeram parte da comitiva. Foto: João Bita

Duas unidades da sociedade assistencial Sara Vida, rede que atua na recuperação de dependentes químicos, receberam, nesta quarta (12), a visita de representantes da Assembleia Legislativa, do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e da Secretaria Estadual de Saúde. A iniciativa faz parte de um conjunto de esforços das instituições públicas no sentido de ampliar o combate às drogas no Estado.

O presidente em exercício da Alepe, deputado Pastor Cleiton Collins (PP), participou da atividade. O parlamentar é um defensor das comunidades terapêuticas e disse que é importante diferenciá-las das clínicas de reabilitação. “Hoje essas entidades têm apresentado resultado. Na comunidade terapêutica não há internação nem acolhimento involuntário. Além disso, elas oferecem assistência terapêutica às famílias. Uma parceria entre Governo e empresários pode viabilizar a oferta de emprego para que essas pessoas possam se reinserir na sociedade”, frisou.

O grupo visitou o Centro de Acolhimento e Prevenção, na Boa Vista (Centro do Recife), e uma unidade de internamento para mulheres, em Paulista, na Região Metropolitana. Na ocasião, a ex-dependente química Ana Paula Nunes relatou a experiência dela aos visitantes. Internada há cinco meses, ela deve deixar a unidade em agosto. “Eu era dependente de crack, de maconha, de cigarro e de bebida alcoólica. Agora, me sinto pronta para sair. Aqui um zela pelo outro e a gente aprende a amar as pessoas”, destacou.

Gerente geral da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), Jaime Brito informou que já foram encontradas irregularidades em algumas comunidades terapêuticas do Estado que funcionavam como serviços de saúde, o que não seria o caso da Sara Vida. “O principal problema é que muitas entidades querem fazer um  tratamento clínico sem ter uma estrutura médica e de enfermagem adequada”, salientou. Já o coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça em Defesa da Saúde do MPPE, Édipo Soares, informou que existe um grupo de trabalho atento às comunidades terapêuticas de Pernambuco. “Entre as atividades do comitê, está a programação de visitas às entidades para daí estabelecer um critério de fiscalização”, ressaltou o promotor.

O procurador-geral do Estado, Francisco Dirceu Barros, exaltou iniciativas como a da rede Sara Vida e disse que o combate às drogas deve ter a participação de toda a sociedade. “O Estado não pode ficar sozinho com esse encargo. A gente fala em mobilização social, porque o problema é de todos. Está na hora da comunidade contribuir de alguma forma para combater esse mal crônico que é a droga”, pontuou. Coordenadora do Centro de Acolhimento e Prevenção, Márcia Valle falou sobre o trabalho da entidade. “Quando o dependente chega, fazemos uma triagem para saber quais as necessidades da pessoa. Em seguida ele é encaminhado para a rede de saúde e, depois de recebermos os resultados dos exames, fazemos o acolhimento residencial”, explicou.

Ainda na quarta, o presidente da Alepe em exercício visitou o estande da Sara Vida na 18ª Fenearte, no Centro de Convenções, em Olinda. Cleiton Collins também aproveitou para observar o trabalho de outros expositores e destacou a importância da feira para a valorização dos artistas pernambucanos.