Socorro Pimentel critica aprovação de jornada extra na Saúde

Em 03/05/2017 - 17:05
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TRAMITAÇÃO – Projeto de lei do Poder Executivo foi acatado, nessa terça (2),pelo Plenário, em Primeira Discussão. Foto: Roberto Soares

A aprovação, em Primeira Discussão, do Projeto de Lei nº 1239/2017, que autoriza médicos e outros servidores a trabalharem em jornadas não cobertas pela escala normal, foi criticada pela deputada Socorro Pimentel (PSL), na Reunião Plenária desta quarta (3). Para ela, o projeto de autoria do Poder Executivo não deveria ter sido votado sem um maior aprofundamento com entidades representativas do setor.

Segundo a deputada, o Sindicato dos Médicos (Simepe) e o Conselho Regional de Medicina (Cremepe) estavam esperando uma comunicação com a Secretaria de Saúde para que alguns pontos da proposta fossem modificados. “Conversei com os presidentes dessas entidades e eles disseram que foram surpreendidos com a votação da matéria”, afirmou.

“Declaro meu repúdio  à forma como o projeto foi colocado na pauta. Temos que nos posicionar e aprofundar os debates para impedir esse rolo compressor do Governo”, considerou Socorro.  “Votarei contra o projeto, a não ser que todos os seus artigos recebam o aval das entidades médicas”, anunciou.

A deputada informou que vai apresentar um substitutivo ao projeto. Como a iniciativa tramita em regime de urgência, ela precisará obter o apoio de um terço dos deputados para apresentar a medida, conforme indica o artigo 205, parágrafo 1º do Regimento Interno da Casa.

Proposta – O Projeto 1239/2017 propõe que a remuneração dos plantões extras seja através de indenização por diária. A proposta também permite que o Executivo credencie, mediante inexigibilidade de licitação, profissionais que não fazem parte do quadro da Secretaria Estadual de Saúde. Esses trabalhadores serão acionados quando for insuficiente a adesão de servidores aos plantões extraordinários.

O Governo apresentou nessa terça (2) uma emenda modificativa que retira do texto o valor de remuneração para os plantões, que deverá ser estabelecido por decreto. “O objetivo é atribuir maior autonomia para definição desses valores, tendo em vista a

necessidade de que estejam de acordo com a realidade de mercado”, explica a justificativa da emenda.