
LIVRO – Alepe guarda exemplar original da edição comemorativa de 1917. Foto: João Bita
No ano de 1840, foram publicadas as primeiras cópias tipografadas da obra História da Revolução de Pernambuco em 1817, escrita pelo padre e ex-deputado da Assembleia Legislativa Provincial Francisco Muniz Tavares, que integrou o movimento. Em 1917, o livro ganhou uma edição comemorativa para marcar o centenário da insurreição, com prefácio do historiador, jornalista e diplomata pernambucano Oliveira Lima.
Nascido em 16 de fevereiro de 1793, na então Freguesia de Santo Antônio do Recife, Muniz Tavares tornou-se sacerdote em 1816. No ano seguinte, destacou-se como um dos mentores da chamada Revolução dos Padres. Foi preso e deportado para a Bahia, ali permanecendo até 1821, quando foi anistiado. Retornou ao Recife, onde passou a exercer o cargo de professor régio da cadeira de Latim da Vila do Cabo.
Para continuar atuando em defesa das liberdades e direitos individuais, se elegeu deputado provincial na Legislatura de 1845-1847. Foi cofundador e primeiro presidente do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP), em 1862. Faleceu em 23 de outubro de 1876, deixando como legado o testemunho da primeira experiência republicana no País.
Também no ano de 1917, além da edição comemorativa do livro escrito por Muniz Tavares, foi instituída, através do Decreto nº 459, a adoção da Bandeira dos Revolucionários de 1817 – com o arco-íris, a cruz e o sol braseiro – pelo Estado de Pernambuco. Em março deste ano, a obra com comentários de Oliveira Lima será reeditada pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe).
Contextualização Histórica – Superintendência de Preservação do Patrimônio Histórico do Legislativo. Livro História da Revolução de Pernambuco em 1817. Acervo do Arquivo Geral da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco.