Antônio Moraes comenta protestos contra Governo Dilma

Em 17/08/2015 - 17:08
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Dep. Antônio Moraes

OPINIÃO – Deputado salientou “ordem e tranquilidade” da mobilização. Foto: João Bita

As manifestações contrárias ao governo da presidente Dilma Rousseff, realizadas no domingo (16), mereceram discurso do deputado Antônio Moraes (PSDB) no Grande Expediente desta segunda (17). O parlamentar, que participou da passeata na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, elogiou também os atos realizados em Caruaru e Petrolina.

“Quero parabenizar o povo brasileiro que, de forma tranquila e ordeira, foi para as ruas mostrar indignação com o desemprego, a inflação e a falta de ética na política brasileira”, resumiu o parlamentar. Ele questionou as afirmações de que haveria financiamento partidário do ato. “Se os partidos tivessem ajudado, teríamos trazido gente do interior e das periferias”, disse.

Autor de um projeto de lei que prevê a notificação prévia no caso de manifestações públicas ( PL nº 191/2015), o tucano criticou um protesto pró-governo federal na capital pernambucana, que estaria marcado para esta quinta (20). “A passeata vai sair do Derby em direção à Praça do Diário, prejudicando a mobilidade no Recife. Deveria ser no fim de semana, quando ninguém está trabalhando”, defendeu.

Moraes ainda aproveitou a oportunidade para questionar a Agenda Brasil, lançada na semana passada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). “A proposta dele é mexer novamente no bolso do assalariado para salvar Dilma”, avaliou, acrescentando que “o governo deveria, sim, reconhecer que está mal, mas fica agindo como se estivesse tudo bem no País”.

Em aparte, a deputada Priscila Krause (DEM), que também participou da passeata, ressaltou o direito de livre expressão e manifestação. “Ouvimos que o governo foi eleito e por isso é legítimo, mas a legitimidade apenas começa nas urnas”, pontuou. Ela criticou os que desqualificam o movimento por representar a classe média. “Somos todos brasileiros”, lembrou.

Para a deputada Raquel Lyra (PSB), o ato foi “uma prova da indignação do povo com o que se vê na cena política, econômica e social”. “Temos problemas gravíssimos e que precisam ser discutidos para além dessa Agenda Brasil, que quer destruir direitos garantidos após a redemocratização”, observou. “É preciso buscar uma solução que una o País.”

Já o deputado Edilson Silva (PSOL) elogiou a presença das pessoas nas ruas, apesar de “estar em desacordo com o que é defendido”. “Não achamos que haja crise institucional, pelo contrário: em poucos momentos tivemos o Ministério Público Federal, a Justiça e a Polícia Federal funcionando tanto e de forma tão independente”, comentou.