Pedro Eurico defende Guerra das acusações de Fred Brant

Em 14/09/2000 - 00:09
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Pedro Eurico defende Guerra das acusações de Fred Brant O líder do PSB, deputado Pedro Eurico, defendeu ontem o candidato a vice-prefeito do Recife, deputado federal Sérgio Guerra (PSDB), das acusações “caluniosas e difamatórias” feitas pelo candidato a prefeito Fred Brant (PSN) no guia eleitoral. De acordo com Eurico, Brant classificou Guerra como um dos Anões do Orçamento e insinuou que, durante a CPI do Orçamento da Câmara dos Deputados, ele teria feito um “conchavo” com o então deputado e prefeito licenciado, Roberto Magalhães, para ficar livre das acusações e por isso, se tornou candidato na chapa do prefeito este ano.

“Este é um modelo de criatividade ímpar no mundo da mentira e da futurologia”, afirmou o líder do PSB. Eurico negou que Sérgio Guerra tenha sido indiciado pela CPI e recordou que Magalhães se afastou no momento do julgamento do deputado pernambucano Ricardo Fiúza (PFL), que acabou sendo inocentado pelo plenário da Câmara.

Toda a bancada tucana na Assembléia Legislativa, composta pelos deputados Antônio Moraes, Augusto César (líder), Bruno Araújo, Sérgio Pinho Alves e Fernando Lupa, prestou solidariedade a Pedro Eurico, em defesa de Sérgio Guerra. Os parlamentares destacaram a conduta de Guerra como “correta” e lembraram a atuação dele para incluir mais recursos para Pernambuco no Orçamento Geral da União.

Acusações – Já o deputado João Braga (sem partido e ex-PSDB) afirmou que foi o guia eleitoral de Magalhães quem iniciou as acusações, atacando o ex-governador Miguel Arraes (PSB) – no que foi defendido por Pedro Eurico – e, mais recentemente, o deputado e candidato a prefeito do Recife, João Paulo (PT).

“Não insinuaram não, agrediram mesmo um homem honrado que é João Paulo, sobre um caso que já foi apurado e não se trata de nenhum apropriação indébita”, disse Braga, acrescentando que deixou de ser candidato a prefeito porque foi derrotado no “vale tudo eleitoral”. Eurico ressaltou que “se existem 49 deputados honrados na Assembléia, o primeiro é João Paulo”.

Troco – Ainda entraram no debate o líder do PMDB, deputado João Negromonte, e Carlos Lapa (PSB). O líder do PMDB rebateu Braga, admitindo que “o troco pode até está sendo exagerado”, mas afirmou que a oposição foi quem iniciou as provocações, quando a vereadora Luciana Azevedo (PPS) chamou no guia eleitoral o prefeito de “criminoso”.

Carlos Lapa alegou que na condição de “inimigo pessoal” de Guerra não iria fazer acusações sem provas, mas prometeu que, “se chegarem documentos comprovando irregularidades” vai mostrar as relações de Sérgio Guerra com as empreiteiras. “Ele (Guerra) é uma figura envolvida com o orçamento e está a serviço das empreiteiras”, acusou Lapa. Pedro Eurico concluiu afirmando que Lapa prestava “um desserviço” e que nenhuma irregularidade foi provada contra Guerra. (P M)