CPI investiga manobra de destilarias para obtenção de subsídios Com o objetivo de apurar denúncias de que usinas e destilarias teriam recebido subsídio do álcool indevidamente, a CPI dos Combustíveis ouviu ontem dois representantes de destilarias. Uma das manobras investigadas é a importação do combustível, garantindo o volume necessário para habilitar essas empresas ao recebimento de subsídios.

Em 98, várias usinas e destilarias apresentaram um volume de produção muito superior ao de outros anos. No caso da JB, de Vitória de Santo Antão, coincide o período em que a empresa recebeu subsídios com a data de importação de álcool de outros estados. Segundo o deputado Paulo Rubem (PT), a CPI vai analisar os balancetes da destilaria de 95 até este ano, já que existem denúncias de compra de álcool diretamente dos postos.

Jaime Beltrão, um dos sócios da destilaria, afirmou que a empresa nunca adquiriu álcool de postos. Ele admitiu que a JB tem débito fiscal de cerca de R$ 500 mil com a fazenda.

O procurador da Destilaria PAL, Tarcísio Chaves, revelou que a unidade tem um débito fiscal de cerca de R$1,2 milhões com a fazenda. Ele disse que a PAL nunca vendeu diretamente aos postos. E que, em 98, recebeu subsídios por parte do programa de equalização dos preços do álcool no Brasil.