Duere rebate críticas ao reajuste da Compesa

Em 29/11/2000 - 00:11
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A líder do PFL, deputada Teresa Duere, questionou ontem a postura de parlamentares oposicionistas que pretendem entrar na Justiça contra o aumento de tarifa da Compesa. “Por que é que eles não questionaram o aumento de 29,77% em 1996 ou o de 2,10% em 97?, perguntou, referindo-se diretamente aos deputados petistas Paulo Rubem e Sérgio Leite.

Ao prestar esclarecimentos, em nome do Governo do Estado, sobre o aumento da tarifa da Compesa, a deputada alegou que a empresa trabalha com um déficit de R$ 4,4 milhões/mês. Além disso, a líder pefelista argumentou que aproximadamente 800 mil famílias pagarão apenas R$ 1,00 a mais em suas contas de água mensais, a partir do aumento.

“Enquanto a nossa tarifa é de R$ 4,60, outros Estados, como o Rio Grande do Sul, cobram R$ 10,30, a Paraíba R$ 6,55, Alagoas R$ 8,00, Espírito Santo R$ 7,00”, informou, citando também outros produtos que sofrerão aumentos nos últimos meses, como o gás de cozinha (14,50%), passagem de metrô (17,5%), contas da Telemar (13%), IPTU (15%), entre outros.

De acordo com a parlamentar, o aumento de aproximadamente 35% da Compesa é necessário para equilibrar a empresa. Lembrou, ainda, que o governador Jarbas Vasconcelos reduziu de R$ 300 milhões para R$ 108 milhões o passivo da empresa.

“O aumento é progressivo em relação ao consumo e possibilitará, em 2001, que a Compesa fique com receita de R$ 22 milhões/mês”, informou, em resposta ao questionamento do deputado Geraldo Melo (PMDB).

A parlamentar também elencou as obras que o Governo do Estado está realizando na área de abastecimento d’água no interior e disse que a meta é reduzir o racionamento na RMR para 10%.

O pronunciamento recebeu apartes de João Braga (sem partido), Hélio Urquisa (PMDB), Diniz Cavalcanti (PMDB), Antônio Mariano (PFL) e Augustinho Rufino (PSDC). O primeiro lembrou, inclusive, o debate que será realizado sobre o tema, na próxima quinta-feira, na Compesa. “A questão é discutir os critérios do aumento”, afirmou. Já Urquisa defendeu a majoração, assinalando que o Governo precisa chamar a população a ser parceria. E Diniz Cavalcanti solicitou obras em Petrolina e Cabrobó. (Ana Lúcia Lins)