Bruno condena plebiscito da dívida O deputado Bruno Araújo (PSDB) comentou ontem a questão da dívida externa e o movimento visando a suspensão do seu pagamento, assegurando que as ações nesse sentido só encontram respaldo “entre os que desconhecem” os aspectos complexos do tema, seus reflexos na economia nacional e o conceito do país no exterior.
Araújo assegurou ser lúcida a posição do ministro da Fazenda, Pedro Malan, ao demonstrar os riscos da suspensão do pagamento, proposta do Plebiscito da Dívida Externa. O parlamentar encampou o raciocínio de Malan, segundo o qual, os organizadores do movimento “desconhecem o tamanho real da dívida, não sabem qual a sua verdadeira composição, tampouco que ela não é exagerada em relação ao tamanho da economia do país”.
De acordo ainda com o ministro, a dívida externa do Brasil corresponde a 41% de todas as riquezas do país expressas no PIB, o que “de forma alguma inviabiliza ou ameaça a continuidade do desenvolvimento do Brasil, que conta com uma estrutura produtiva das mais diversificadas e avançadas em relação aos países em crescimento”.
Bruno Araújo adiantou que a dívida, em grande parte, pertence ao setor privado, não ao Governo, tendo como objetivos impulsionar e modernizar a atividade empresarial, expandir a renda e o emprego.
Por fim, ele destacou seu posicionamento sobre a questão. “Na vida dos países, como na das pessoas, a atitude correta a adotar é poupar, reduzir gastos e diminuir o risco de incorrer em novas dívidas. É isto que está sendo feito, pois deixar de fazê-lo é ficar fora da lei, atuar sem ética, condenar o país à pecha de caloteiro, fechar definitivamente as portas para novos financiamentos”, apontou. (Nagib Jorge Neto)