Paulo Rubem afirma que obra de Suape foi mal executada Proteção de paredes laterais teria desmoronado há 15 dias Há cerca de 15 dias, ocorreu o desmoronamento de grande parte da proteção das paredes laterais da entrada da parte norte do porto interno de Suape. Na realização da obra, feita pela empresa CBPO Engenharia Ltda e que custou aos cofres públicos cerca de R$6 milhões, teriam ocorrido falhas, que foram apontadas pela própria administração do Porto. A denúncia foi feita ontem na Assembléia legislativa pelo deputado Paulo Rubem (PT). O parlamentar adiantou que vai encaminhar os fatos ao Ministério Público de Pernambuco e ao Tribunal de Contas do Estado.
O parlamentar apresentou uma carta anônima recebida por ele com o relato do desmoronamento ocorrido no Porto e os problemas da obra. “A má qualidade de sua execução foi, sem dúvida, responsável por esse acidente de grande proporção”, revelou o denunciante anônimo. Segundo a carta, “a diretoria de Suape vem tentando esconder o fato da opinião pública e das autoridades competentes, apesar da gravidade do problema, inclusive para a segurança da navegação marítima e para o meio ambiente”.
Além da carta anômina, Paulo Rubem apresentou a cópia de um ofício, com data de 05 de maio de 1999, do diretor de infra-estrutura do Porto, Walter Blossey, para o diretor de contrato da CBPO, Ariel Parente Costa, onde ele informa ter “dado ciência” ao secretario de Desenvolvimento Econômico do Estado do “fraco desempenho dessa empresa e sua equipe na condução dos trabalhos”, apontando a constatação de “lentidão nos serviços, a falta de planejamento dessa empresa, como também a má qualidade na execução dos serviços”.
No ofício, Blossey questiona a competência da empresa para a realização da obra. “Vale ressaltar que foi de responsabilidade dessa empresa, conforme contrato, a elaboração do projeto executivo desta obra, não se concebendo até a presente data, tamanha incerteza, tanto no que tange à definição deste projeto executivo, como ainda total indefinição da real metodologia de execução a ser aplicada, o que deixa entender um completo atestado de incompetência, ou então, que tais revisões (do projeto) visam apenas à especulação financeira”. (Marconi Glauco)