CPI vai até Cabrobó para investigar crimes e agilizar processos do caso O processo de paz entre as famílias sertanejas Araquan/Gonçalves e Benvindo/Cláudio e Russo teve continuidade logo após a audiência de pacificação e a assinatura do termo de compromisso. Representantes dos clãs em conflito se reuniram com o presidente da CPI do Narcotráfico e da Pistolagem, deputado Pedro Eurico (PSB) e membros da CPI para detalhar os itens do acordo. Atendendo a uma solicitação de Barná Russo, os parlamentares já tinham confirmado a ida da CPI a Cabrobó para investigar os crimes envolvidos no conflito e propor alternativas para agilização dos processos.
Os deputados devem definir em reunião administrativa a data da reunião no Sertão. Hoje, os membros da CPI estarão em Itambé, na Zona da Mata Norte para apurar crimes de pistolagem na divisa com a Paraíba. Ainda no plenário da Assembléia, os líderes das famílias sertanejas apresentaram reivindicações como a remoção de policiais lotados em Belém de São Francisco e Cabrobó, feitas por Rogério Gonçalves, membro da família Araquan. “Não são todos mas existem alguns envolvidos com crimes”, afirmou.
Barná Russo também ressaltou a proposta de criação de zonas de exclusão, onde as famílias não deveriam circular para evitar provocações. “Vamos estabelecer limites e uma trégua de seis meses e depois vamos nos reunir para concluir o processo de paz”, afirmou. Pedro Eurico lembrou que o fechamento do acordo vai significar o desarmamento entre as famílias, que chegam a usar armas de uso exclusivo das forças armadas. (Pedro Marins)