CPI da Violência busca esclarecer assassinato

Em 14/09/2001 - 00:09
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CPI da Violência busca esclarecer assassinato A CPI da Violência, presidida pelo deputado Pedro Eurico, ouviu policiais militares na busca de esclarecimentos sobre o assassinato de Genival Lopes dos Santos, ocorrido em 31 de agosto passado. Integrante da Polícia Rodoviária, ele teria sido morto pelo tenente PM Claudino Araújo Santos, saindo ferido Márcio Silva, acompanhante do acusado, viajando no veículo dele.Pedro Eurico e os deputados Antônio Moraes, João de Deus e Carlos Lapa ficaram todavia frustados e irritados pela ausência do suposto autor do crime, atualmente sob custódia militar. A CPI recebeu comunicação de que o juiz auditor não atendeu o pedido de convocação do tenente Claudino e em resultado, foram ouvidos um suboficial e dois PMs que integravam as unidades militares deslocadas ao local do tiroteio, Posto Ypiranga, nas imediações do viaduto da Av. Caxangá.O presidente do colegiado reagiu com indignação em face da decisão da Auditoria Militar da PM e decidiu ontem mesmo cientificar o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Nildo Nery, saindo dali diretamente para entendimentos com o juiz auditor.Ao tomar ciência de que o tenente Claudino não comparecia à convocação da CPI, Eurico qualificou de “conduta flagrantemente abusiva” a posição do auditor, acentuando ter o colegiado “competência diferenciada e não pode ser obstaculada”. Com firmeza assegurou não aceitar essa redução das atribuições e do trabalho da CPI. Mesmo com essa situação inesperada, foram ouvidos o 2º tenente Antônio Tadeu Souza Pires e os soldados Manoel Antônio da Silva e Américo Pereira de Araújo. Também não compareceu a noiva da vítima, Adna Pinheiro da Luz, por estar em local desconhecido. Mas a CPI quer ouvi-la e solicitou a SDE que a localize e traga-a à AL, inclusive coercitivamente. A noiva acusa o tenente Claudino. (Antônio Azevedo)