Beto Gadelha faz denúncias contra o prefeito de Goiana O deputado Beto Gadelha (PSL), em pronunciamento ontem, trouxe denúncias graves contra a Prefeitura de Goiana, ao declarar que o prefeito da cidade, o promotor público Edval Félix Soares (PTB) estaria empenhado em abafar as investigações acerca o desvio de recursos públicos. Segundo o deputado, Soares teria impedido que a Câmara dos Vereadores de Goiana autorizasse uma auditoria para apurar as irregularidades cometidas por um servidor da prefeitura, Evanildo Almeida, demitido por realizar saques do dinheiro público usando funcionários “fantasmas”. O episódio também causou a demissão do Secretário Municipal de Finanças.”Numa manobra cheirando a maracutaia, o prefeito pediu aos vereadores para não comparecerem à sessão de 16 de outubro, quando seria aprovada uma auditoria nas contas públicas.”, denunciou Gadelha. Segundo o deputado, Félix Soares “prefere usar os serviços de uma empresa alagoana de consultoria, a HO Serviços, que foi incapaz de impedir as irregularidades, ao invés de acionar o Tribunal de Contas “. O desvio foi descoberto quando um gerente do Banco do Brasil ligou para a prefeitura, avisando que Ivanildo estava realizando um saque de R$ 30 mil de dinheiro do município, sob o pretexto de tratar-se do pagamento de uma indenização a um servidor. Defesa – O deputado Pedro Eurico (PSDB) subiu ontem à Tribuna da Assembléia Legislativa para rebater as denúncias de irregularidades contra o prefeito de Goiana, Edval Soares, efetivadas pelo deputado Beto Gadelha (PSL). Eurico sugeriu, inclusive, que as denúncias sejam formuladas ao Ministério Público, com o compromisso de que outros processos em tramitação no órgão sejam resgatados para apuração de fatos referentes às administrações municipais anteriores. “O prefeito Edval Soares não fez caça às bruxas ao assumir a administração de Goiana, mas cuidou de trabalhar, recuperar escolas, a estrutura física e contábil da Prefeitura, entre outras ações”, justificou, lembrando que, na última eleição, Edval Soares quebrou a polarização política no município, que desde o Império reveza-se entre as famílias Rabelo e Gadelha.”Falcatrua e maracutaia são palavras perigosas, até porque não se limitam a nove meses de administração, mas podem recuar a três ou quatro administrações”, completou Pedro Eurico.