A deputada Jacilda Urquisa (PMDB) rebateu, ontem, pronunciamento feito por Alf (PDT). Segundo ela, o parlamentar justificou a ineficiência do setor da saúde de Olinda alegando que a atual administração encontrou muitos débitos, o que impediu o desenvolvimento de um trabalho satisfatório da prefeitura. “Essas desculpas não procedem”, reagiu Jacilda.
De acordo com ela, não há justificativas para o mau estado da saúde olindense, pois, todo novo gestor sabe, ou pelo menos deveria saber, que encontrará dívidas. “Na prefeitura, também encontrei muitos débitos, mas, com competência, fui recuperando o crédito da cidade, inclusive, junto a órgãos federais, possibilitando diversos convênios importantes”, afirmou. Jacilda falou ainda que, na sua gestão, deixou débitos, mas, também, créditos a receber, convênios em andamento com recursos alocados e programados para somar aos outros. ” A Secretaria de Saúde, por exemplo, ficou com um caixa de R$ 1.012.413,48″, lembrou.
“Em sua gestão, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou que houve desvio de dinheiro do SUS”, rebateu ALF. Pedro Eurico (PSDB) afirmou que a Alepe não pode se deixar levar “por uma simples denúncia do MPPE, pois ainda não virou sentença”. A opinião teve o apoio de João Negromonte (PMDB). “O Ministério Público não é dono da verdade”, observou. Nélson Perreira (PCdoB) sugeriu que se buscasse alternativas para Olinda, “uma cidade carente de recursos”.
“O deputado Alf, ex-presidente da Câmara de Olinda, também terá que dar explicações sobre as dívidas deixadas no órgão”, observou Jacilda. Porém, ela disse que, em nenhum momento, abordou tais questões, “pois os fatos ainda estão sendo apurados pelo TCE, e não se pode acusar sem provas”. Ana Cavalcanti (PP) apoiou Jacilda. “A senhora é uma grande parlamentar”, falou.
Para Negromonte, é preciso acabar com as “acusações sem provas”. Já Antônio Moraes (PSDB) acha que é preciso haver respeito entre os deputados. Jacilda acha que a aprovação do Código de Ética será importante para que a Alepe não seja utilizada para campanha municipal. “A senhora está equivocada. O que apresentei foi uma questão de Estado. Se a atual gestão tiver irregularidades, também vou apontá-las”, disse.