Os líderes da Oposição, Sérgio Leite (PT) e do PDT, José Queiroz, voltaram a criticar, ontem, o Governo do Estado pela “situação de abandono” em relação as condições de trabalho e salário do funcionalismo público. Eles reclamaram do não pagamento do abono para aos 45 mil servidores que ganham menos do que o salário mínimo e também demonstraram indignação com a intenção do Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores Estaduais (Sassepe) de aumentar a contribuição do funcionalismo de 2,5% para 4,5%.
“O Governo está no quinto ano com toda pompa de bom administrador, mas não está fazendo a sua parte nem nas áreas onde os cidadãos correm riscos diretos como na segurança”, afirmou Leite. Para Queiroz, o Governo através do Secretário da Fazenda, Mozart Siqueira, já antecipou a intenção de conceder reajustes “insignificantes” de menos de 2%. “Além da falta de reajuste tem o sério problema do Sassepe, que não deve ter autonomia para aumentar a contribuição através do seu conselho administrativo e se tiver não tem legitimidade”, ressaltou o líder do PDT.
Queiroz lembrou que, se o Sassepe estiver mesmo precisando de mais receita em tão pouco tempo de criado, só revela a falta de competência do Governo do Estado para planejar. “Estamos cansados de repetir, mas o servidor público continua sendo usado como bode expiatório de tudo”, completou.
O líder da Oposição destacou que o Executivo confirmou, no final de semana, pela imprensa que não vai mais pagar o abono para completar o salário mínimo, já que vai considerar as vantagens indiretas na contabilidade dos R$ 240,00 mínimos para o trabalhador. “É um absurdo está posição, depois que o líder do Governo, Bruno Araújo (PSDB), já tinha justificado que houve uma falha no lançamento dos valores na folha de pagamento e que haveria a correção no final do mês”, criticou Leite.
Ainda sobre o Sassepe, os líderes consideram a qualidade da prestação de serviço insuficiente, por isso consideram que não se justifica o aumento da contribuição. “O aumento da alíquota do Sassepe é o tiro de misericórdia para uma realidade de descontrole que não foi resolvida com a reforma administrativa, já que os servidores estão sem reajuste e os assessores mais próximos tiveram salários e gratificações aumentadas”, concluiu Leite.