O deputado Guilherme Uchôa (PDT) denunciou “o estado de abandono” em que se encontra o patrimônio histórico de Igarassu. Ele alegou que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) não pode deixar a cidade sem atenção. “O Iphan foi criado com a finalidade precípua de tombar e preservar o patrimônio cultural pátrio e não pode alijar do contexto histórico a cidade de Igarassu”, explicou.

O parlamentar fez um breve relato da situação de alguns lugares tombados pelo Iphan, como a Igreja dos Santos Cosme e Damião e o Engenho Monjope, “que precisam de reparos urgentes”. A igreja, que é a mais antiga do País, erguida em 1535, está, segundo ele, com o altar-mor correndo o risco de descolamento e desmonte da estrutura, devido a infiltrações. “A instalação elétrica também se encontra inadequada, com a fiação sobre a madeira talhada”, acrescentou.

Quanto ao engenho, Uchôa apontou vários estragos na Casa Grande que “está completamente deteriorada”. “A sala vem sendo utilizada como estrebaria, o matagal absorve todo o patrimônio e a senzala encontra-se destruída”, informou o parlamentar. “Esse é o quadro do que ainda resta do nosso patrimônio histórico e ambiental”, desabafou.

Para o deputado, a cidade é “um tesouro perdido no meio do caminho, apesar de estar apenas a 30 quilômetros do Recife”. “Pernambuco realmente é um lugar de grande riqueza histórica, mas alguns lugares passam desapercebidos pelos turistas, às vezes, pelo difícil acesso, outras por falta de conhecimento”, concluiu.