A metodologia utilizada para realizar pesquisas de opinião foi apresentada, ontem, durante audiência pública promovida na Alepe. A solicitação, feita pelo deputado estadual Sílvio Costa (PMN), teve como objetivo confrontar os resultados divulgados pelos institutos de pesquisa Exatta e Brasmarket, no mês de setembro, quanto à aprovação do Governo Jarbas. Segundo a E-xatta, a administração do peemedebista obteve um índice positivo de 73%. Já a Brasmarket apontou que Pernambuco estaria em 23º lugar no ranking nacional de desempenho dos governadores. Os resultados foram divulgados pelos Jornais Diario de Pernambuco e do Commercio, respectivamente.
O diretor da empresa paulista Brasmarket, Sidney Kuntz, não compareceu, alegando “outros compromissos”. Já a Exatta foi representada por seu diretor-presidente, Antônio Araújo, e pelo coordenador de pesquisas, João Matos. O deputado Sílvio Costa disse que não desejava “questionar a idoneidade” da Exatta, mas sim os índices obtidos. “O que nos chamou a atenção foi o de-sencontro entre os resultados dos dois institutos”, ressaltou.
O deputado Augusto Coutinho (PFL) indagou o custo da pesquisa e “qual a possibilidade técnica de se obter resultados tão diferentes, em períodos tão próximos.” O também pefelista Ciro Coelho criticou a ausência da empresa paulista. “A empresa ficou com sua credibilidade arranhada e deve ao povo pernambucano uma justificativa”, disse. Coutinho sugeriu que o instituto seja, novamente, convidado a prestar esclarecimentos. Já Raimundo Pimentel (PSDB) avaliou que “uma Assembléia vigilante evitará que institutos pratiquem picaretagem”.
Antônio Araújo declarou ter usado uma metodologia que atingiu todas as mesorregiões do Estado. “Contabilizamos sexo, idade e grau de instrução e tivemos o cuidado de fazer uma checagem, através de um questionário escrito.
Quanto ao outro instituto, não posso falar por razões éticas”, considerou. Ele acrescentou que “o resultado da Brasmarket feriu o administrador (Jarbas Vasconcelos)”. “A Casa Joaquim Nabuco faz muito bem em levantar essa questão para que fatos como esse não aconteçam,” declarou. A pesquisa custou ao Diario de Pernambuco R$ 40 mil.