Fidelidade partidária, financiamento público e a proporcionalidade da representação dos partidos políticos provocou um debate acirrado, ontem, durante a reunião da Unale. Com palestras do ex-ministro do TSE, Walter Costa Porto, e da jornalista da Globo News, Cristiana Lobo, a discussão girou em torno da necessidade de uma reforma que garanta o fortalecimento democrático.
Costa Porto defendeu a fidelidade partidária, argumentando que, ao votar, a população está assegurando, na verdade, o mandato do partido. “Poucos são aqueles candidatos que alcançam o quociente eleitoral. Os demais são eleitos pelo número de votos que o partido obteve nas urnas”, salientou. Ele disse ainda que as agremiações partidárias têm um papel fundamental no processo da Reforma Política.
Uma análise baseada em informações dos bastidores da política em Brasília ficou por conta da jornalista Cristiana Lobo. Segundo ela, existe uma grande reação aos pequenos partidos que “não necessariamente representam uma ameaça à democracia”. Cristiana Lobo afirmou que é preciso abordar temas como o financiamento público das campanhas, assunto que causa polêmica no meio político.
O presidente da Assembléia Legislativa de Pernambuco, Romário Dias (PFL), participou do debate sobre a Reforma Política, defendendo que ela deveria vir antes, inclusive, das Reformas Tributária e Previdenciária. O deputado questionou ainda se não seria mais justo que se definissem eleições locais separadas das nacionais. Para Walter Porto, a proposta é bastante razoável e talvez evitasse a realização de processos eleitorais de dois em dois anos.