O assassinato das adolescentes Maria Eduarda Dourado e Tarsila Gusmão, ocorrido há dois anos, voltará a ser discutido em uma audiência pública conjunta entre a Comissão de Defesa da Cidadania da Alepe e a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal. A reunião, prevista para o início de junho, foi solicitada pelas famílias das vítimas e a proposta foi aceita, ontem, durante a reunião do colegiado estadual.
Maria Eduarda e Tarsila desapareceram no dia 3 de maio de 2003, após participarem de uma festa na praia de Serrambi, no Litoral Sul do Estado. Dez dias depois, os corpos foram encontrados em um canavial localizado em Camela, distrito de Ipojuca. Na época, o Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil (GOE) apontou dois kombeiros como os acusados, mas a Promotoria de Justiça de Ipojuca devolveu o inquérito duas vezes, alegando que os indícios não eram suficientes para incriminá-los. No início deste mês, o caso passou a ser investigado pela Polícia Federal, que deverá apresentar o resultado da apuração até o final do mês.
O presidente da Comissão de Defesa da Cidadania, deputado Roberto Leandro (PT), destacou que “o objetivo da audiência é trazer novos elementos para a investigação. Esse é um caso que a opinião pública de Pernambuco clama por solução”.
Vistorias – Três projetos de lei também foram aprovados pelo colegiado. Entre eles, o que determina a obrigatoriedade de vistorias e manutenções periódicas nos edifícios de Pernambuco, de autoria do deputado Augusto Coutinho (PFL), e o do deputado Raimundo Pimentel (PSDB), instituindo em Pernambuco o Dia de Enfrentamento e Combate ao Tráfico de Seres Humanos.