Policiais acusados de facilitar fuga no Cotel

Em 29/11/2007 - 00:11
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A fuga, supostamente facilitada, de um detento do Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, motivou o pronunciamento do deputado Pedro Eurico (PSDB). O fato ocorreu no último domingo (25). O líder da Oposição, Pedro Eurico, ressaltou que o presidiário Jurandir José da Silva, 29 anos, saiu pela porta de entrada da unidade como se fosse um visitante.

“Como isso pode acontecer? O fato demonstra a situação em que se encontra a segurança no Estado, principalmente nos presídios. As imagens divulgadas hoje (ontem), em toda a imprensa, apenas comprovam o funcionamento de alguma coisa no sistema de segurança: das câmeras. Não podemos aceitar que o fato seja considerado herança maldita do Governo Jarbas Vasconcelos/Mendonça Filho”, avaliou. Para Eurico, uma corporação como a Polícia Militar, que possui 25 coronéis, “não pode assistir aos seus integrantes praticando um vexame do tipo”.

De acordo com o tucano, o caso aconteceu durante o horário de trabalho do cabo Gilvan Martins da Silva (17º BPM) e do soldado José Abílio da Silva (19º BPM).

“As imagens mostraram que o preso apareceu na porta de entrada do Cotel, voltou para dentro da unidade, trocou de roupa e, na saída, recolheu a carteira de identidade. Ele passou normalmente pelos militares”, lamentou, acrescentando que o Executivo “precisa se pronunciar”.

o deputado Alberto Feitosa (PR) rebateu as declarações de Eurico, enfatizando que o debate “não deve ser politizado, porque os pernambucanos já avaliaram os oito anos do Governo passado”. “O ocorrido é lamentável para os integrantes da PM, os funcionários públicos e para a população. Não esperamos essa conduta das pessoas, principalmente daquelas que trabalham com segurança”, enfatizou.

Feitosa afirmou que a Corregedoria Geral de Defesa Social não tem se “esquivado” para investigar os fatos. “As imagens foram divulgadas para não passar a mão na cabeça de ninguém. No entanto, todo cidadão deve ter o direito de defesa”, acrescentou. Para o republicano, Eurico “exagerou no tom das críticas”.