Em busca de recursos para ampliar os atendimentos em oncologia e nefrologia, representantes do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) participaram de uma audiência pública realizada pela Comissão de Saúde da Alepe nesta segunda (5). Os planos de expansão incluem a construção do Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia, com custo estimado em R$ 17 milhões, e a reforma do Serviço de Hemodiálise, com orçamento previsto em R$ 6 milhões.
O superintendente da unidade, Filipe Carrilho, destacou a importância dos investimentos para beneficiar usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) de todas as regiões do Estado atendidos no hospital. “A gente vai precisar de apoio. São duas políticas, tanto na área da oncologia quanto na área da nefrologia, que são essenciais e ajudariam a população a ter um atendimento melhor. A gente mostra a experiência do HC na execução de emendas parlamentares: o que chega, realmente conseguimos executar e devolver para a sociedade”, garantiu.
Recursos de emendas parlamentares nos anos de 2022 e 2023 resultaram na aquisição de equipamentos de esterilização, ultrassom com doppler, ecocardiógrafo e mamógrafo, usina fotovoltaica e execução de obra de combate e prevenção de incêndio. O HC já oferece serviço de oncologia com equipe multiprofissional e realiza 3.500 sessões de quimioterapia por mês. O novo centro pretende ofertar também radioterapia. No caso da nefrologia, o projeto prevê duplicar a quantidade de dialisadores, que são atualmente 16, e elevar o número de vagas de 96 para 192, com previsão de 2.300 procedimentos de hemodiálise por mês.
Residências
Ao pedir o apoio da Alepe, o reitor da UFPE, Alfredo Gomes, defendeu o papel estratégico do hospital na atenção à saúde do Estado como um todo. “Nós atuamos na formação de recursos humanos, de pessoas que fazem a assistência no Estado de maneira geral, mas estão presentes também na coordenação de políticas. Tem áreas de formação, em nível de residência, que só o Hospital das Clínicas forma aqui no Estado”, ressaltou.
A secretária executiva de Saúde do Estado, Fabiana Wanderley, reforçou a importância do incremento de vagas para atender a uma demanda já bastante alta e com perspectiva de crescimento. Já o coordenador de política de Nefrologia da Secretaria de Saúde, Rodrigo Bezerra, lembrou que a doença renal crônica é duas vezes mais frequente que a diabetes e muitos pacientes só descobrem o diagnóstico no estágio final da doença.
Presidente do colegiado de Saúde da Alepe, o deputado Adalto Santos (PP) anunciou a destinação de uma emenda parlamentar do seu mandato no valor de R$ 500 mil. Ele também se comprometeu a levar o pleito aos outros parlamentares e a integrantes do Poder Executivo. O debate desta segunda teve ainda a participação da diretora geral de fluxos assistenciais do Estado, Glívia Maria; da coordenadora de política de Oncologia do Estado, Maria Monalis, e da vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde, Oilda Maria, além de pacientes e profissionais do HC.