Pernambuco registrou alta de 9,4% na atividade econômica desde 2015. A informação integra o Informativo Econômico de Pernambuco, realizado pela Consultoria Legislativa da Alepe, e apresentado em reunião da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Casa, nesta terça (13). O estudo analisou o comportamento da economia de Pernambuco ao longo dos últimos 8 anos.
Entre os aspectos revelados pelo levantamento, o consultor legislativo e economista, Cláudio Alencar, destacou o setor de serviços como o que mais cresceu no ano passado, chegando a registrar uma alta de 11,2%, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O consultor legislativo ressaltou que Pernambuco foi o Estado que melhor performou economicamente nos últimos anos, se comparado com outros estados também analisados pelo levantamento. “Na Bahia houve uma diminuição de menos 2,1% na atividade econômica, incrível, mas eles não conseguiram se recuperar ainda da crise de 2015/2016. Aqui em Pernambuco, nós conseguimos, em comparação à Bahia e ao Ceará, nos recuperar melhor em relação à atividade econômica nesses últimos 8 anos”, afirmou.
Em relação à situação dos empregos, o relatório revela a influência da pandemia de covid-19 sobre a taxa de pessoas que não ocupam postos formais de trabalho. Os dados analisados demonstram que o ápice da taxa de desemprego foi registrado em 2020, chegando a 19,4% em Pernambuco. Entretanto, a economia já demonstra sinais de recuperação a partir de 2021, quando se observou o registro do saldo positivo de 93.182 empregos formais, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Indicadores
Outro indicador observado pela pesquisa é em relação ao saldo de operações de crédito. As operações realizadas por pessoas físicas demonstraram evolução acumulada desde 2015. O aumento foi de 56,9% em Pernambuco, maior que a média nacional, que foi de 45,8%. Esse percentual serve como indicador da demanda de crédito pelas famílias, majoritariamente destinado para fins de consumo ou investimento em habitação, segundo o levantamento.
Já o saldo de operações de crédito efetuadas por pessoas jurídicas, o que demonstra a propensão de investimentos na economia por parte do setor empresarial, apresentou resultados considerados preocupantes pelos organizadores do estudo. Em Pernambuco, o indicador foi reduzido em quase 30% entre 2015 e 2022, mais que o dobro do observado em nível nacional.
Segundo Cláudio Alencar, outra área que cresceu nesses últimos oito anos foi a de turismo. Mesmo com a queda generalizada em 2020, em decorrência da pandemia, Pernambuco se recuperou e apresentou crescimento de 41,1% e 16,1%, em 2021 e 2022 respectivamente, segundo o IBGE.
Presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, o deputado Mário Ricardo (Republicanos), agradeceu a apresentação e parabenizou a Consultoria Legislativa pelo trabalho realizado.
Confira aqui a íntegra do Informativo Econômico de Pernambuco.