Parlamentares cobram ações nas áreas de segurança pública, emprego e saúde

Em 15/05/2023 - 18:05
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Parlamentares ocuparam a tribuna, durante a Reunião Plenária desta segunda (15), para apresentar demandas à governadora Raquel Lyra em diferentes áreas, como segurança pública, abastecimento e saúde. Políticas de emprego direcionadas aos moradores de Fernando de Noronha e a eleição dos novos integrantes do Conselho Estadual de Política Cultural foram outros assuntos tratados. 

Líder do Governo, o deputado Izaías Régis (PSDB) pediu o reforço de pediatras intensivistas no Hospital Regional Dom Moura, localizado em Garanhuns (Agreste Central). Segundo o parlamentar, a demanda por este atendimento amplia-se nesta época do ano, com a proximidade do inverno e a propagação mais intensa de doenças respiratórias. 

“O que a gente precisa, urgentemente, é de um trabalho de incentivo aos novos médicos que estão chegando ao mercado de trabalho. Pernambuco chegou a ter 120 profissionais se formando por ano e, atualmente, são mais de 500. Nosso Estado tem condições de oferecer capacitações a eles”, pontuou.

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Demandas partidárias

PM – Joel da Harpa registrou compromisso da governadora com pauta da categoria. Foto: Giovanni Costa

Os deputados Joel da Harpa (PL) e Renato Antunes (PL) registraram o encontro de representantes do Partido Liberal com a chefe do Executivo pernambucano nesta manhã. O primeiro disse que a governadora teria reafirmado o compromisso de acabar com as faixas salariais da Polícia Militar de Pernambuco. De acordo com ele, a gestora teria criado um grupo de trabalho para estudar a questão. 

Renato Antunes registrou outras demandas do partido apresentadas no encontro, como a redução da carga tributária no Estado e a entrada de capital privado na Compesa para possibilitar a melhoria dos serviços de abastecimento de água. “A abertura de capital permitirá que pernambucanos, contribuintes de outros estados e parceiros internacionais tenham condições de investir na empresa”, defendeu.

 

Ouça o pronunciamento completo de Joel da Harpa:

 

Ouça o pronunciamento completo de Renato Antunes:

 

Fernando de Noronha

NORONHA – “Moradores acabam excluídos por pessoas do continente”, lamentou William Brigido. Foto: Giovanni Costa

Já a carência de infraestrutura, o alto custo de vida e a escassez de oportunidades de trabalho no Arquipélago de Fernando de Noronha pautaram o pronunciamento de William Brigido (Republicanos). O parlamentar fez um apelo à administradora-geral da ilha, Thallyta Peixoto, para que desenvolva iniciativas que aproveitem as potencialidades do arquipélago e atendam às necessidades dos ilhéus. “Nós sabemos que, muitas vezes, os moradores da localidade acabam sendo excluídos por pessoas que vêm do continente para ocupar as vagas oferecidas pelo setores turístico e de serviços. Essa situação gera uma realidade de exclusão social e econômica”, lamentou. 

 

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Participação

Waldemar Borges (PSB), por sua vez, abordou a eleição dos novos integrantes do Conselho Estadual de Política Cultural. O deputado disse ter tomado conhecimento de reações dos atuais conselheiros que são representantes da sociedade civil contra os procedimentos adotados pela Secretaria de Cultura para a realização do pleito. “Em nome do bom andamento do processo é que peço que esse processo acirrado seja feito da maneira correta, atendendo a todas as normas e ouvindo as partes”, solicitou. 

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Homenagem

Os 41 anos de emancipação política de Camaragibe (Região Metropolitana do Recife) foram registrados pelo deputado João de Nadegi (PV). O parlamentar fez um resgate dos principais marcos históricos do município e exaltou as características da população local que, segundo ele, é composta por um povo “trabalhador, íntegro, aguerrido, resiliente e cheio de esperança”. Nadegi ainda disse se sentir honrado por ser a voz do município no Legislativo pernambucano.

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Abolição

O Dia da Abolição da Escravatura, celebrado em 13 de maio, pautou o discurso do deputado João Paulo (PT). A data relembra o ano de 1888, quando a princesa Isabel assinou a Lei Áurea. Na avaliação do petista, este evento histórico deveria ser comemorado, na verdade, em 20 de novembro, reconhecido como o Dia da Consciência Negra.    

ABOLIÇÃO – Para João Paulo, evento histórico deveria ser celebrado em 20 de novembro. Foto: Giovanni Costa

“O dia oficial é uma farsa antiga, quando livros de história insistiam em ensinar que, depois de mais de três séculos, a escravidão fora encerrada no Brasil com apenas uma assinatura e, num passe de mágica, todas as mazelas foram esquecidas”, avaliou. O petista registrou a luta do povo negro e o movimento de resistência dos quilombos como os verdadeiros protagonistas da abolição.

João Paulo ainda criticou a falta de políticas reparadoras a esta parcela da população, tanto na época da assinatura da Lei Áurea quanto nos anos posteriores. “O povo escravizado foi jogado à própria sorte, sem oportunidades de empregos dignos. Hoje, a maioria continua nas periferias, prisões e valas comuns, sendo os principais alvos de balas perdidas da polícia”, lamentou.

O entendimento foi compartilhado pela deputada Rosa Amorim (PT), que se manifestou em aparte. “Nós não queremos abolição pela metade. O País precisa avançar nas pautas antirracistas para poder diminuir as desigualdades”, afirmou.

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