CONCILIAÇÃO – “Temos que trabalhar pela unificação e pela pacificação da pátria”, defendeu José Queiroz. Foto: Evane Manço
As perspectivas para o Brasil com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República foram tema de pronunciamentos na Reunião Plenária desta quarta (9). O deputado José Queiroz (PDT) defendeu um trabalho de conciliação nacional, enquanto João Paulo (PT) cobrou “a responsabilização dos que cometeram crimes hediondos durante a prevalência do fascismo”.
Durante o Pequeno Expediente, Queiroz afirmou que a eleição de Lula para um terceiro mandato permitiu ao Brasil “voltar a sorrir e sonhar em superar o ódio”. Ele se somou à fala do presidente eleito que, após o resultado do pleito, defendeu paz e união. “De agora em diante, o Brasil e a bandeira são de todos”, afirmou o pedetista.
José Queiroz também criticou a interdição de rodovias e os protestos que vêm sendo feitos em frente a quartéis com o intuito de contestar o resultado eleitoral. “É uma pena que arruaceiros ainda trabalhem para desunir o Brasil. Temos que trabalhar pela unificação e pela pacificação da pátria, e só podemos fazer isso desarmando espíritos e pensando no bem-estar do nosso povo”, disse.
João Paulo, por sua vez, exaltou a união de forças divergentes em torno de Lula para vencer um adversário que, segundo ele, “comandou um processo de destruição do País à base de violência, barbárie e negação da realidade”. “Não lidamos com um adversário comum. O fascismo não costuma deixar o poder pelo voto, mesmo que tenha chegado lá pela via eleitoral”, disse, citando os ditadores Adolf Hitler e Benito Mussolini.
JUSTIÇA – “Para assegurar a democracia, será necessário responsabilizar aqueles que cometeram crimes”, afirmou João Paulo. Foto: Evane Manço
O parlamentar comparou a vitória do petista ao processo de redemocratização do País após a Ditadura Militar, quando os responsáveis pelas violações aos direitos humanos não foram julgados. “Queremos que Lula e seus aliados rompam com a tendência ao ‘acordão’ que sempre marcou as mudanças de poder no Brasil”, defendeu. “Para assegurar o funcionamento das instituições e o prosseguimento da democracia, será necessário responsabilizar aqueles que cometeram crimes”, acrescentou.
Assim como Queiroz, João Paulo reagiu à tentativa de questionamento do resultado eleitoral. Para ele, se houve irregularidades, elas decorreram do uso da máquina pública por Jair Bolsonaro para “levar adiante a maior operação de compra de votos da República”.
Ordem do Dia
Ainda nesta manhã, o Plenário aprovou, em duas discussões, três projetos de lei (PLs) do Poder Executivo que incrementam em cerca de R$ 665 milhões o orçamento de diversos órgãos estaduais no atual exercício. Os aportes serão feitos por meio da abertura de créditos suplementares.
Confira as propostas na Ordem do Dia
O PL nº 3718/2022 envolve um total de R$ 533,2 milhões, mas R$ 320 milhões serão apenas realocados dentro da Secretaria de Educação e Esportes (SEE) e outros R$ 51,4 milhões pela Secretaria de Defesa Social (SDS).
Já os recursos provenientes de excesso de arrecadação, da ordem de R$ 161,7 milhões, terão as seguintes destinações: R$ 33,6 milhões para a SEE, R$ 100 milhões para o Fundo Estadual de Saúde (FES), R$ 7,9 milhões para a Pernambuco Participações e Investimentos (Perpart), R$ 2,5 milhões para o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e R$ 17,7 milhões para o Instituto de Recursos Humanos (IRH-PE).
O PL nº 3719/2022 abre um crédito suplementar no valor de R$ 473,1 milhões em favor do Fundo Financeiro de Aposentadorias e Pensões dos Servidores do Estado (Funafin). E, por fim, o PL nº 3720/2022 destina R$ 30 milhões para a Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), a serem usados em ações de infraestrutura e urbanização.
Veja a íntegra da Reunião Plenária:
