ELETIVAS – Temos ampliado o número de cirurgias com a disponibilização de um portal na internet onde as pessoas podem se inscrever”, informou André Longo. Foto: Nando Chiappetta

No último quadrimestre de 2021, o Governo Estadual destinou R$ 81,5 milhões ao Programa de Ampliação de Cirurgias Eletivas em Pernambuco (Opera Mais),  iniciativa que contempla os usuários que tiveram procedimentos adiados por conta da pandemia de Covid-19.  Essa e outras iniciativas realizadas no período foram divulgadas pelo secretário estadual da pasta, André Longo, durante Audiência Pública promovida pela Comissão de Saúde nesta segunda (8). 

Segundo o gestor, a meta do Opera Mais é realizar 50 mil cirurgias a mais na rede estadual de saúde até o final de 2022. “Nos meses de janeiro e fevereiro, tivemos problemas novamente com a chegada da variante Ômicron e quadros de Influenza, o que dificultou o batimento de metas. Mas temos ampliado o número de cirurgias eletivas, inclusive com a disponibilização de um portal na internet onde as pessoas podem se inscrever para fazer seus procedimentos”, explicou.

A ampliação do número de ambulâncias em todas as regiões de Pernambuco foi outra medida registrada pelo gestor, que contabilizou 28 veículos adquiridos com recursos de emendas parlamentares. Longo ressaltou que, ainda no último quadrimestre do ano passado, o Governo do Estado iniciou a reforma do Hospital Otávio de Freitas, na Zona Oeste do Recife (Região Metropolitana). Com a intervenção, a unidade de saúde ganhou um pavilhão de pneumologia e tisiologia, além de 20 novos leitos de UTI. 

O lançamento do Programa Útero é Vida também foi destacado na apresentação. Realizado em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), a ação do Governo Estadual é voltada à prevenção e tratamento do câncer de colo de útero. A iniciativa, que deve beneficiar mais de 80 mil mulheres, foi elogiada pela presidente da comissão, deputada Roberta Arraes (PP).

PREVENÇÃO – “Precisamos estar antenados na busca ativa, pois sabemos que o câncer é uma doença silenciosa”, alertou Roberta Arraes. Foto: Nando Chiappetta

“Precisamos estar antenados na busca ativa, pois sabemos que o câncer é uma doença silenciosa. Temos estudos, feitos pelo médico Fernando Bezerra no Sertão do Estado, que apontam que os pacientes do Interior já chegam com a doença muito avançada quando vão fazer o tratamento na Região Metropolitana”, destacou. 

Outras ações

Nesta segunda, André Longo também apresentou aos deputados a prestação de contas referente ao primeiro quadrimestre de 2022. Em comparação ao mesmo período de 2021, houve um incremento  de 13,2% no montante de recursos aplicados no setor. 

Ele lembrou que, em março, foi inaugurada a primeira etapa das obras de ampliação do Hospital Regional Emília Câmara, em Afogados da Ingazeira (Sertão do Pajeú). Na ocasião, foi anunciada a aquisição de um tomógrafo para a unidade.

Medidas relacionadas à Covid-19 também foram registradas pelo secretário, que apontou a segunda posição ocupada pelo Estado no ranking de menor taxa de mortalidade pelo vírus no Brasil. Ele ainda destacou um levantamento da pasta que aponta a importância da vacinação completa: “Quatro em cada cinco mortos pela doença no primeiro quadrimestre deste ano não tinham tomado todas as doses necessárias do imunizante, o que mostra a importância da vacinação em sua plenitude”, reforçou. 

Avaliações

CONTROLE – Presidente do Conselho estadual de Saúde, Euclides Monteiro informou que a entidade acatou as contas dos últimos quadrimestres. Foto: Nando Chiappetta

Após a apresentação, os parlamentares avaliaram a atuação do Governo. O deputado João Paulo (PT) abordou o impacto dos cortes nos recursos provenientes do Governo Federal e o empenho da Alepe. “A grande maioria dos deputados dedicou quase 100% das emendas para a saúde, principalmente no período da pandemia”, lembrou.

O presidente do Conselho estadual de Saúde, Euclides Monteiro, comemorou o percentual de 17,21% da receita estadual aplicado na área em 2021, superando o mínimo constitucional de 12%. “Pernambuco não espera apenas ações do Governo Federal porque, se assim fosse, a saúde estaria falida aqui”, disse. Primeiro representante da sociedade civil a presidir o órgão de controle, ele informou, por fim, que a Comissão de Orçamento da entidade acatou as contas dos últimos quadrimestres.