João Paulo condena política de preços da Petrobras

Em 06/04/2022 - 15:04
-A A+

MERCADO – “Os únicos beneficiados por esse modelo são os acionistas da empresa”, opinou o deputado. Foto: Nando Chiappetta

Na Reunião Plenária desta quarta (6), o deputado João Paulo (PCdoB) condenou a política de preços que vem sendo adotada pela Petrobras desde 2016, quando Michel Temer assumiu a Presidência da República. Segundo o parlamentar, a vinculação dos preços ao dólar “provocou o desenfreado aumento dos combustíveis no Brasil”.

“Entre tantos males causados pelos governos Temer e Bolsonaro, esse tem afetado consideravelmente a população. Só em 2021, a gasolina subiu 46% em razão de a estatal vender o combustível com base no mercado externo”, ponderou o comunista. Na opinião dele, “os únicos beneficiados pelo modelo são os acionistas da empresa”.

Conforme argumentou, a lógica achata o poder de compra dos brasileiros. “Afinal, os trabalhadores ganham salários em real, mas pagam os combustíveis cotados em dólar. Infelizmente, esse cenário só poderá ser resolvido em 2023, com uma mudança na gestão do País. Espero, de antemão, que Lula seja o eleito”, antecipou.

Para João Paulo, estaria por trás dessa política “o desejo do atual presidente de privatizar a estatal”. “Bolsonaro faz da Petrobras uma mera exportadora de commodity (óleo cru), reduzindo investimentos em refino de petróleo. Na Bahia, a refinaria (de Mataripe) já teve seu controle repassado a uma empresa privada. Hoje, os baianos pagam o combustível mais caro do Brasil”, afirmou.

Em aparte, o deputado Doriel Barros (PT) elogiou o posicionamento. “Este País tem enfrentado inúmeros desafios, e sei disso por acompanhar de perto as dificuldades dos agricultores rurais. Se, antigamente, as pessoas tinham condições de adquirir uma moto, hoje sequer conseguem pagar a gasolina. O salário mínimo já não compra mais o que foi possível em outros tempos”, enfatizou.