
MEMÓRIA – “Exemplo de cidadão que se dedicou a prestar bons serviços à comunidade”, elogiou José Queiroz. Foto: Nando Chiappetta
Se estivesse vivo, o jornalista caruaruense Luiz Bezerra Torres teria completado cem anos nessa terça (15). A passagem da data mereceu registros dos deputados José Queiroz (PDT) e Tony Gel (MDB), em discursos na Reunião Plenária desta quarta (16).
Primeiro a falar, o pedetista destacou a dedicação do homenageado ao município de Caruaru (Agreste). “Foi um exemplo de cidadão. Dedicou-se a prestar bons serviços à comunidade. A memória dele deve permanecer viva”, afirmou. Quando prefeito da cidade, Queiroz nomeou um conjunto residencial em honra ao jornalista: “Se mais pudesse, mais tributos teria feito”, ressaltou o parlamentar.
Já o emedebista frisou que Luiz Torres foi uma das pessoas mais brilhantes que conheceu. “Sou grato, pois aprendi muito com ele”, pontuou Tony Gel. “Todas as lembranças são válidas. A melhor escolha que fiz como deputado federal foi chamá-lo para chefiar meu gabinete na Câmara.”
Também o deputado João Paulo (PCdoB), antes de iniciar a fala dele no Grande Expediente, elogiou a iniciativa dos colegas e comentou a importância de Luiz Torres para a história de Caruaru. “Ele levou o nome do município a todo o Brasil”, disse.
Biografia

PARCERIA – “Melhor escolha que fiz como deputado federal foi chamá-lo para chefiar meu gabinete na Câmara”, pontuou Tony Gel. Foto: Nando Chiappetta
Luiz Torres iniciou a vida profissional como cronista esportivo dos periódicos Vanguarda, A Defesa e Jornal de Caruaru, além de correspondente de jornais do Recife. Mais tarde, tornou-se sócio-fundador do Jornal do Agreste.
Em 1947, foi eleito vereador da “capital do Agreste”, chegando a ocupar a prefeitura por um período. Assumiu, em 1961, o posto de secretário de Interior e Justiça do Distrito Federal, capitaneando ações do plano-piloto e das cidades satélites.
Em Brasília, Torres chefiou a sucursal do Jornal do Commercio e da agência italiana de notícias Ansa, além de comandar, por vários anos, o Escritório de Pernambuco na capital federal. Foi nessa função que ganhou o apelido de “embaixador de Caruaru”, por viabilizar alguns pleitos do município.
No ano de 1978, o governador do Distrito Federal o nomeou comendador da Ordem do Mérito Brasília e, em 1989, o jornalista assumiu a chefia do gabinete do então deputado federal Tony Gel. Em 3 de janeiro de 2009, perto de completar 87 anos, Torres faleceu em Brasília, onde também foi sepultado.