Pandemia: estado de calamidade pública deve continuar em 144 municípios

Em 03/11/2021 - 18:11
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PRORROGAÇÃO – Relator no colegiado de Finanças, Diogo Moraes registrou que o PDL 200 retroagirá a 1º de outubro. Foto: Roberta Guimarães

O estado de calamidade pública decorrente da pandemia de Covid-19 deve estender-se até o fim deste ano em 144 municípios pernambucanos. É o que prevê o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) nº 200/2021, acatado pelas Comissões de Administração Pública e de Finanças da Alepe nesta quarta (3). A prorrogação seguirá para votação em Plenário nesta quinta (4).

A medida, aprovada mais cedo pela Comissão de Justiça, é similar à autorização concedida ao Governo do Estado no último dia 14 de outubro. O reconhecimento da situação emergencial pelo Legislativo é uma exigência legal para liberar as gestões municipais de algumas das imposições previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal.  Assim, até 31 de dezembro de 2021, essas prefeituras ficam desobrigadas de cumprir metas fiscais e limites para despesas com pessoal, empenho e endividamento. 

“Apesar das condições melhores em que vivemos hoje, ainda é necessária essa prolongação”, avaliou o relator no colegiado de Administração, deputado José Queiroz (PDT). Já o deputado Diogo Moraes (PSB), que apresentou o parecer da Comissão de Finanças, registrou que o PDL 200 retroagirá ao dia 1º de outubro deste ano, quando encerrou o estado de calamidade anterior.

Confira a lista de municípios que solicitaram a prorrogação do estado de calamidade pública:

Afogados da Ingazeira

Agrestina

Águas Belas

Aliança

Amaraji

Angelim

Araçoiaba

Araripina

Arcoverde

Barra de Guabiraba

Barreiros

Belém de Maria

Belém do São Francisco

Belo Jardim

Betânia

Bezerros

Bodocó

Bom Jardim

Bonito

Brejinho

Buíque

Cachoeirinha

Caetés

Calçado

Calumbi

Camocim de São Félix

Capoeiras

Carnaíba

Carpina

Caruaru

Catende

Chã de Alegria

Chã Grande

Condado

Correntes

Cortês

Cumaru

Cupira

Custódia

Dormentes

Escada

Exu

Feira Nova

Ferreiros

Flores

Floresta

Frei Miguelinho

Garanhuns

Glória do Goitá

Goiana

Gravatá

Iati

Igarassu

Iguaraci

Inajá

Ingazeira

Ipojuca

Ipubi

Itacuruba

Itaíba

Itambé

Itapetim

Itaquitinga

Jaboatão dos Guararapes

Jaqueira

Jataúba

Jatobá

João Alfredo

Joaquim Nabuco

Jucati

Jupi

Jurema

Lagoa do Carro

Lagoa do Itaenga

Lagoa do Ouro

Lagoa dos Gatos

Lagoa Grande

Lajedo

Limoeiro

Macaparana

Machados

Manari

Maraial

Moreilândia

Moreno

Olinda

Orobó

Ouricuri

Palmares

Panelas

Paranatama

Parnamirim

Paudalho

Paulista

Pedra

Pesqueira

Petrolândia

Petrolina

Poção

Pombos

Primavera

Quixaba

Riacho das Almas

Ribeirão

Sairé

Saloá

Sanharó

Santa Cruz

Santa Cruz da Baixa Verde

Santa Cruz do Capibaribe

Santa Filomena

Santa Maria da Boa Vista

Santa Maria do Cambucá

Santa Terezinha

São Benedito do Sul

São Bento do Una

São Caetano

São João

São Joaquim do Monte

São José da Coroa Grande

São José do Egito

São Vicente Férrer

Serra Talhada

Sertânia

Sirinhaém

Solidão

Tabira

Tacaimbó

Tacaratu

Taquaritinga do Norte

Terezinha

Timbaúba

Toritama

Tracunhaém

Trindade

Triunfo

Tupanatinga

Venturosa

Verdejante

Vertente do Lério

Vertentes

Vicência

Vitória de Santo Antão

Xexéu

 

Também recebeu aval dos colegiados o Projeto de Lei (PL) nº 2760/2021, que define os 14 locais com apoio presencial em Pernambuco para o Sistema Universidade Aberta do Brasil. Instituído pelo Ministério da Educação em 2005, o programa oferta cursos superiores a distância no Interior do País. Conforme a justificativa do Governo do Estado, a previsão das unidades em lei atende a uma exigência da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Homofobia

GÊNERO – Alberto Feitosa manifestou-se contra o PL 2407 na Comissão de Administração: “Pode prejudicar empresas que fornecem serviços ao Estado”. Foto: Evane Manço

A Comissão de Administração Pública adiou a votação do PL nº 2407/2021, que pretende proibir o Estado de contratar trabalhador terceirizado que estiver cumprindo condenação por homofobia ou transfobia. A medida pode passar a constar na Lei Estadual nº 13.462/2008, que já impede a administração pública de empregar condenados por crimes contra mulheres, idosos, pessoas com deficiência, crianças e adolescentes, assim como por prática de racismo.

O deputado Alberto Feitosa (PSC) manifestou-se contra o projeto por “incentivar algo que divide a sociedade, que é a questão da ideologia de gênero”. Além disso, ele acredita que a matéria duplicaria a punição já prevista no Código Penal, o que pode vir a ser contestado judicialmente. 

“Estamos criando um monstro desnecessário. O entendimento de que pessoas do mesmo sexo podem se relacionar já está sendo bem trabalhado por famílias e escolas. E podemos prejudicar empresas que fornecem serviços ao Estado”, considerou o parlamentar. O deputado Antônio Moraes (PP) endossou esta última preocupação: “Precisamos verificar se não há punição generalizada desses prestadores”.

O relator, deputado Tony Gel (MDB), foi favorável ao PL 2407, ressaltando que a medida só valeria para casos de homofobia e transfobia julgados em definitivo. Entretanto, ao escutar os argumentos contrários, ele concordou em postergar a votação. “Seria importante que nós ouvíssemos também o autor da proposta, deputado Clodoaldo Magalhães(PSB)”, sugeriu.