João Paulo invoca união em defesa da democracia no Brasil

Em 10/06/2021 - 15:06
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ANTI-BOLSONARO – Parlamentar convocou população a participar de manifestações agendadas para 19 de junho. Foto: Jarbas Araújo

O deputado João Paulo (PCdoB) fez um discurso em defesa da democracia, na Reunião Plenária desta quinta (10). Na avaliação dele, o presidente Jair Bolsonaro vem colocando em risco a continuidade do regime ao atacar os demais Poderes, envolver militares na estrutura do Executivo, incitar a população a agir contra as instituições e tentar calar as vozes contrárias ao Governo.

“Ter compromisso com opiniões plurais e divergentes é difícil e trabalhoso, mas é o regime democrático, baseado nas regras da Constituição Federal, em que a liberdade se impõe como valor fundamental a ser respeitado”, afirmou. O parlamentar convocou a população a participar das manifestações em defesa da democracia agendadas para o dia 19 de junho. “Se não nos preparamos para defender as liberdades democráticas agora, em breve, veremos o estabelecimento da força bruta como forma de governo”, alertou.

O comunista analisa que o presidente tenta fortalecer a “lógica das milícias” no País. “Bolsonaro vem fragilizando a estrutura hierárquica do Exército, como ocorreu com a absolvição do general Eduardo Pazuello em processo disciplinar. Ele está se movimentando dentro de estruturas cada vez mais inconsistentes e apostando no caos, que é exatamente o que as milícias fazem”, pontuou.

Por fim, João Paulo pediu a união das forças políticas e a mobilização social para impedir o enfraquecimento das instituições. “Independentemente da coloração partidária, nosso papel como parlamentares é defender a democracia. Enfrentamos uma ameaça gravíssima que ainda não está clara para muitas pessoas”, enfatizou.

Em apartes, os deputados Tony Gel (MDB) e Isaltino Nascimento (PSB) compartilharam do mesmo entendimento. “É preciso zelar pela nossa democracia. Muito sangue foi derramado no Brasil para alcançarmos os direitos que usufruímos hoje”, disse o emedebista. “As pessoas podem até discordar de alguns posicionamentos do Judiciário, mas é essencial defender o funcionamento pleno de nossas instituições”, assinalou o socialista.