
DISPARIDADE – Deputada informou que, de acordo com a ONU, menos de 30% dos pesquisadores do mundo são mulheres. Foto: Roberto Soares
Em prol do acesso e da participação feminina plena e igualitária na ciência, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) declarou, em 2015, o 11 de fevereiro como Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. A data comemorativa foi registrada, na Reunião Plenária desta terça (11), pela deputada Simone Santana (PSB). A parlamentar informou que, de acordo com a entidade, menos de 30% dos pesquisadores do mundo são mulheres.
Simone Santana explicou que a distorção percebida pela ONU não ocorre por falta de competência do sexo feminino, mas por razões culturais, que se iniciam na infância. “A data também remete à importância de estimular o interesse das meninas pela ciência desde cedo”, destacou.
Segundo ela, estudos revelam que, no 4º ano do Ensino Fundamental, as meninas têm desempenho melhor que os meninos em matemática, mas o cenário se inverte no 7º ano. “As meninas perdem o interesse nas ciências exatas quando crescem porque os estereótipos de gênero ficam mais fortes, fazendo com que elas passem a prestar mais atenção em outras aulas e tendam a escolher carreiras de outras áreas”, pontuou.
A socialista ressaltou que, na prática, existe diferença na educação de meninos e meninas e as carreiras científicas acabam não sendo consideradas apropriadas para mulheres. A deputada afirmou, ainda, que o percentual de mulheres que seguem a área científica no Brasil é bem inferior ao dos homens, e a diferença aumenta se a pesquisa for direcionada à população negra.
As oportunidades de emprego na área também são bem maiores para candidatos do sexo masculino, complementou a parlamentar. “Precisamos continuar na luta em defesa da igualdade de direitos entre homens e mulheres nos sistemas educacionais. Desse modo, nossas meninas serão libertadas de todos os ‘nãos’ aos seus sonhos e talentos”, salientou Santana.