
PACOTE – “Um dos eixos é a criação do Comitê Deliberativo do Funtec, que terá a gestão compartilhada com a iniciativa privada e as prefeituras.” Foto: Roberto Soares
As medidas apresentadas pelo Governo do Estado, na última segunda (2), para incentivar o crescimento do Polo de Confecções do Agreste foram ressaltadas pelo deputado Diogo Moraes (PSB). Em discurso no Grande Expediente desta terça (3), ele afirmou que o pacote proposto pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico irá aumentar a participação de empresas e dos governos locais nas decisões estratégicas da indústria e do comércio de confecções da região, que movimenta mais de R$ 5,6 bilhões por ano em negócios.
“Um dos eixos do pacote é a criação do Comitê Deliberativo do Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Têxtil (Funtec), que, a partir de agora, terá a gestão compartilhada com a iniciativa privada e as prefeituras. Isso vai dar mais autonomia para se pensar os rumos da nossa indústria”, destacou Moraes. O Funtec recebe a arrecadação de 0,27% do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) antecipado pelas fábricas, o que rende R$ 700 mil para serem investidos em promoção, formação, qualificação técnica e estudos sobre o Polo de Confecções.
Outros pontos do pacote também incluem a instalação da Câmara Setorial Têxtil e de Confecções para discutir a conjuntura e as soluções do segmento, bem como a interiorização das ações do Marco Pernambucano da Moda, espaço que desenvolve programas de incubação e presta serviços para o desenvolvimento de gestão, inovação e design no setor. “A interiorização do Marco é importantíssima, por exemplo, pelos cursos de curta duração que ele oferece para capacitar empreendedores da área”, prosseguiu o socialista.
A iniciativa do Governo do Estado também foi elogiada pelos deputados Tony Gel (MDB), Delegado Erick Lessa (PP) e João Paulo (PCdoB). O comunista, porém alertou para os impactos que a automação pode ter sobre o polo produtivo do Agreste. “Talvez seja necessário realizar uma reunião da Frente Parlamentar sobre a Quarta Revolução Industrial para falar especificamente dessa questão”, sugeriu.