Juntas pedem políticas de combate à violência contra população LGBT

Em 28/08/2019 - 18:08
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JUSTIÇA - Jô Cavalcanti lembrou assassinatos de Sandro Cipriano e Aline da Silva, ambos ainda sem elucidação. Foto: Roberto Soares

JUSTIÇA – Jô Cavalcanti lembrou assassinatos de Sandro Cipriano e Aline da Silva, ambos ainda sem elucidação. Foto: Roberto Soares

Dois meses após o assassinato do militante da causa LGBT Sandro Cipriano, no município de Pombos (Mata Sul), a deputada Jô Cavalcanti, representante do mandato coletivo Juntas (PSOL), foi à tribuna cobrar justiça para o caso, bem como políticas de combate à violência contra essa população. Apoiada por manifestantes que ocupavam as galerias durante a Reunião Plenária desta quarta (28), ela reforçou o pedido de criação de uma Frente Parlamentar em defesa dos direitos da população LGBT na Alepe.

A psolista lembrou, ainda, o assassinato de Aline da Silva, travesti e militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no último dia 19 de agosto, em Arcoverde (Sertão). “O diálogo é urgente; a cada dia que passa, mais pessoas LGBT são discriminadas e mortas no nosso País. Por isso, pedimos que a Casa atenda ao pedido por uma frente que discuta essa causa”, solicitou.

Jô citou números do Atlas da Violência de 2019 que indicam o crescimento no número de assassinatos por motivação LGBTfóbicas no Brasil. “Foram cinco casos registrados em 2011 e 193 no ano de 2017”, pontuou a parlamentar, que cobrou estatísticas referentes à realidade pernambucana. “A ausência de dados consolidados pelo Governo do Estado demonstra desatenção com essas famílias. Os números são fundamentais para a construção de políticas públicas efetivas de combate a LGBTfobia”, concluiu.

O deputado João Paulo (PCdoB) também pediu esclarecimentos para os assassinatos citados pelas Juntas. “Devemos cobrar das autoridades uma investigação profunda e a punição dos envolvidos. Sabemos que a vida jamais será restituída, mas a justiça precisa ser feita”, disse.