
CRÍTICA – Para ele, a administração do presidente Jair Bolsonaro trata o segmento como “inimigo do Estado”. Foto:
O deputado João Paulo (PCdoB) criticou os efeitos dos cortes feitos pelo Governo Federal na educação e repercutiu os atos públicos realizados nos dias 15 e 30 de maio contra a medida. Para ele, a administração do presidente Jair Bolsonaro trata o segmento como “inimigo do Estado”. “O Ministério da Educação passou da paralisia absoluta, sob o comando de Ricardo Vélez Rodríguez, para a demonização escancarada de universidades e professores, na atual gestão de Abraham Weintraub”, analisou.
João Paulo repercutiu a notícia veiculada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) mostrando que 1,3 milhão de alunos de 70 universidades sofrerão diretamente com os cortes de R$ 2 bilhões. Os dados são da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil (Andifes). A pesquisa indica ainda que 398.100 vagas e 5.118 cursos estão em risco.
“Além de promover cortes que praticamente inviabilizaram diversas unidades de Ensino Superior, ele ameaça professores ao afirmar, sem qualquer base, que coagem alunos a irem às manifestações contra o desmantelamento do ensino público e gratuito”, observou. Segundo ele, os dois protestos levaram quase dois milhões de pessoas às ruas de 200 cidades brasileiras.
O deputado ainda registrou o impacto negativo, para a imagem do País, do pedido feito pelo ministro da Educação para que professores e funcionários públicos que estivessem estimulando os atos fossem denunciados. “Não há precedente no mundo civilizado de um governante que trata a educação como um inimigo a ser abatido. Se continuar nessa linha, Bolsonaro e seu belicoso ministro só tendem a piorar a imagem do governo. Em várias partes do mundo, ele está sendo considerado um pária internacional”, concluiu.