
MEMÓRIA – “A investigação, liderada por forças do Estado na época, foi considerada fraudulenta por muitos juristas”, afirmou. Foto: Roberto Soares
A deputada Teresa Leitão (PT) registrou, em discurso na Reunião Plenária desta segunda (27), meio século do assassinato do padre Antônio Henrique Pereira Neto. De acordo com a Comissão Estadual da Memória e Verdade, o religioso, que coordenava a Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Recife e Olinda, foi vítima de perseguição política no período da Ditadura Militar, e não de “crime comum provocado por atuação com toxicômanos”, conforme concluiu a investigação realizada na época.
“A investigação, liderada por forças do Estado, foi considerada fraudulenta por muitos juristas”, afirmou a parlamentar, destacando a proximidade de atuação de Padre Henrique e o arcebispo Dom Helder Camara. “Os eventos que vêm sendo promovidos para destacar os 50 anos do assassinato de Padre Henrique estão sendo muito oportunos, especialmente neste momento difícil que o Brasil está vivendo, quando vemos os chamados ‘cidadãos de bem’ pedindo a volta da Ditadura e a extinção do Congresso e do Supremo Tribunal Federal”, destacou.