Juntas lamentam assassinato de estudante em Olinda

Em 23/05/2019 - 12:05
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TRIBUNA - Jô Cavalcanti, titular do mandato, pediu Justiça e protestou contra o machismo e o feminicídio. Foto: Roberto Soares

TRIBUNA – Jô Cavalcanti, titular do mandato, pediu Justiça e protestou contra o machismo e o feminicídio. Foto: Roberto Soares

As codeputadas Juntas (PSOL) lamentaram, em pronunciamento na Reunião Plenária desta quinta (23), o assassinato da estudante Ana Alline Cavalcante Camelo, de 18 anos, em Olinda (Região Metropolitana). Titular do mandato, Jô Cavalcanti foi à tribuna pedir justiça e protestar contra o machismo e o feminicídio.

A jovem, que participou de campanhas do PSOL, foi encontrada desacordada, em estado grave, na praia de Casa Caiada, no último dia 5 de maio. Chegou a ser internada, mas morreu no dia 13 de maio. O laudo preliminar do Instituto Médico Legal conclui que ela foi assassinada. “A suspeita era que havia sido afogamento, mas a perícia identificou traumatismo craniano e indícios de agressões brutais. Alline era uma jovem negra que morava na periferia de Olinda. A gente quer justiça”, expressou Jô.

De acordo com a parlamentar, o caso é um retrato da situação nacional. Ela indicou que o Brasil é o quinto país do mundo com maior número de feminicídios e que, em 2017, foram cerca de 4,6 mil homicídio contra mulheres. “Ou seja, entre 12 e 13 mulheres são mortas todos os dias”, alertou. “O machismo, muitas vezes, começa com uma frase, depois um tapa, e termina com a morte. Até quando vão continuar matando as mulheres? Nenhuma merece morrer. Basta de nos matar.”