FOCO – Segundo diretor-presidente do parque tecnológico, a formação de mão de obra é o principal desafio a ser enfrentado nos próximos anos. Foto: Roberto Soares
A formação de mão de obra é o principal desafio a ser enfrentado pelo Porto Digital nos próximos anos. O diagnóstico, feito pelo diretor-presidente do parque tecnológico, Pierre Lucena, foi apresentado à Comissão de Ciência e Tecnologia da Assembleia, que realizou uma visita institucional à sede do Porto Digital, no Bairro do Recife, na tarde desta quinta (21).
“Temos hoje mais de 900 vagas não preenchidas dentro das empresas do Porto Digital. Estamos trabalhando para completar essa equipe o mais rápido possível. Essa é a maior dificuldade que temos no momento, pela chegada de grandes empresas ao Porto”, relatou Pierre Lucena. “O que esperamos do Poder Público é que abrace o Porto Digital, tanto na divulgação desse parque tecnológico como participando da formação de pessoas”, declarou Lucena.
Segundo o gestor, o plano é chegar em 2025 a até 600 empresas e 20 mil empregados dentro do Polo, alcançando um faturamento de R$ 3,5 bilhões. Atualmente, o Porto Digital tem nove mil profissionais em 300 empresas, com faturamento anual de R$ 1,7 bilhão. “Outro grande projeto do Porto é a questão da recuperação urbana, e que não abrimos mão. Nós basicamente recuperamos o bairro do Recife, e hoje contamos com áreas de expansão para os bairros de Santo Antônio, São José e Santo Amaro. Queremos chegar também na questão da habitação das pessoas que trabalham aqui”, acrescentou Lucena.
“A existência de 900 vagas de emprego foi algo que, particularmente, me assustou. Estamos aqui para ajudar o Porto Digital e também cobrar providências do Governo para a formação de mão de obra. Num Estado que tem 17% de desemprego, não podemos desperdiçar nenhum tipo de vaga, mas sim, oferecê-las aos nossos jovens”, pontuou Fabíola Cabral (PP), presidente da Comissão. Na visita, ela foi acompanhada pelos deputados Antonio Fernando (PSC) e Sivaldo Albino (PSB).
